Pela quarta semana o mercado aumenta a previsão do PIB
Boletim Focus indica que o PIB deverá encerrar o ano em 2,68%, antes era 2,46%. Previsão para os juros piora e para a inflação continua dentro do intervalo de tolerância
Publicado 09/09/2024 18:58 | Editado 11/09/2024 07:13
O mercado financeiro continua a corrigir positivamente a previsão de crescimento para a economia nacional. Depois da alta do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, o Boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (9), já segue este ritmo e prevê que o PIB deverá encerrar o ano em 2,68%.
Para se ter uma ideia, na semana passada a previsão era de 2,46% para o PIB. Há quatro semanas estava em 2,20%, sendo que começou o ano em 1,59%. Ou seja, os analistas de mercado já revisaram em mais de um ponto pra cima a expectativa, algo similar com o que ocorreu em 2023.
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Otimismo do Governo com alta do PIB contrasta com pessimismo interessado do mercado
É esperado que o Ministério da Fazenda também refaça a sua estimativa em breve. Este aumento de 0,22% em uma semana representa o quarto aumento consecutivo do PIB pelo Focus.
Para 2025, a projeção voltou a crescer entre as semanas e foi de 1,85% para 1,9. Para 2026 e 2027 se manteve estável em 2%.
Selic, Inflação e dólar
Quanto à taxa básica de juros (Selic), o mercado aposta em nova subida após um ciclo de sete reduções que levaram a taxa de 13,75% ao ano para 10,5%, patamar ainda altíssimo que é mantido por duas reuniões.
Para o mercado, a Selic encerrará o ano em 11,25%. Portanto, nas três próximas reuniões o Comitê de Política Monetária poderá subir a Selic 0,25% por três vezes. As reuniões do Copom neste ano estão marcadas para 17 e 18 de setembro, 5 e 6 de novembro e 10 e 11 de dezembro.
Caso se confirme este cenário de volta de aumento da Selic, os setores produtivos e a sociedade, com toda a certeza, irão protestar.
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Preço da cesta básica cai pelo segundo mês seguido, aponta Dieese
Para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) houve leve aumento. Há quatro semanas a projeção era de 4,20%, há uma semana era de 4,26% e agora está em 4,30%.
Com o centro da meta inflacionária em 3%, a estimativa fica dentro do limite superior de 4,5% – o inferior é 1,5%.
Para o câmbio o mercado indica que o ano terminará com o dólar estadunidense ao valor de R$ 5,35.