Doze etnias indígenas se reúnem em Quixeramobim

O encontro reuniu indígenas em diferentes contextos aldeados, em retomada étnica, urbanos, periféricos, camponeses, etc.

Os povos Kixará Tapuia, Kixelô Kariri, Guanacé, Guanacé Kaapor, Tapuia Kariri, Urubu Kaapor, Kanindé, Juká, Kariú Kariri, Fulni-ô Kariri, Anacé e Tapuia Paiaku Asu se reuniram entre os 14 e 15 de dezembro, na  EEM do Campo Irmã Tereza Cristina, localizada no Assentamento Nova Canaã, zona rural de Quixeramobim, Ceará, na II Assembleia Tapuia com o tema “Levante Tapuia: Rompendo o Silêncio”. O evento reuniu pessoas de seis estados brasileiros: Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Bahia e Maranhão

A Assembleia Tapuia teve  como objetivos reunir os povos tapuias do Brasil para fortalecer os laços ancestrais, compartilhar as lutas dos povos, trocas de memorias, narrativas e desenvolver uma agenda comum de luta. O encontro reuniu indígenas em diferentes contextos aldeados, em retomada étnica, urbanos, periféricos, camponeses, etc.

Uma das Pautas da Assembleia foi a demarcação das terras do Povo Kixará Tapuia. O governador do Estado do Ceará, Elmano de Freitas ( PT) se comprometeu demarcar a terra que segundo informações está prevista no MAP (Mapa de Ações e Projetos) do governo cearense. Outro debate foi a política de assistência para os indígenas em contextos urbanos que estão excluídos das políticas públicas.  

A II Assembleia teve como anfitrião o Povo Kixará Tapuia de Quixeramobim. Realizada pelo  Movimento Social Indígena – MSI, Instituto dos Povos Pelo Etnodesenvolvimento do Ceará – IPPEC  e o Coletivo Sarigueia Akangatu, contou ainda com a parceria Instituto de Promoção e Assessoramento a Organizações Sócias do Terceiro Setor – IPROST.

O encontro contou com representantes dos Pontos de Cultura Coletivo Camaradas, Coletivo Kintal de Afetos, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, União Estadual dos Estudantes – UEE/Ceará, Aliança Multiétnica Indígenas no Contexto Urbano da Paraíba – PB, Web TV Imbau e Sitio histórico e ecológico Gamboa do Jaguaribe – RN, Instituto do Desenvolvimento Agrário do Ceará – IDACE, além da participação de professores UFC, URCA, UECE, PPGIHL/UECE (Programa de Pós Graduação Interdisciplinar em História e Letras) , Revista Kixará,  e de redes municipais de educação.