Com aval de líderes, presidente da Câmara deixa PL da anistia fora da pauta

Líder do PCdoB, Renildo Calheiros defende diálogo para que temas de interesse do povo avancem

Reunião do colégio de líderes da Câmara na qual se decidiu deixar o PL da anistia fora da pauta. (Foro: Richard Silva/PCdoB na Câmara)

Após reunião de colégio de líderes nesta quinta-feira (24), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que o projeto de anistia para os condenados nos atos golpistas do 8 de janeiro está fora da pauta na próxima semana.

“Vamos continuar discutindo, para que a Casa possa encontrar uma saída para esse tema. A decisão da pauta é um poder do presidente, mas o nosso papel será com diálogo e equilíbrio”, disse o presidente.

Motta afirmou que sua decisão tem o aval dos líderes partidários que representam 400 deputados.

De acordo com ele, mesmo com o número de assinaturas suficientes para apresentar um requerimento de urgência para a proposta, os líderes consideraram que o projeto não deve ser apreciado.

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Na pauta da próxima semana, o presidente da Câmara disse que estão diversos projetos da área da educação.

“Seguimos atentos, debatendo e construindo caminhos para que os temas de interesse do povo brasileiro avancem. A luta por um Brasil mais justo, democrático e com direitos garantidos continua em cada pauta, cada voto e cada articulação. Vamos à luta!”, disse o líder do PCdoB, Renildo Calheiros (PE), ao deixar a reunião.

Em evento nesta quarta-feira (23) à noite, Motta já havia sinalizado que a matéria ficaria fora da pauta. Ele disse que não iria permitir que o projeto da anistia prejudicasse a agenda econômica.

“Não vamos permitir que outras pautas, não só a anistia mas qualquer outro projeto, prejudique o andamento de um projeto importante, como esse que é a matéria de imposto de renda, a isenção até R$ 5 mil reais para 10 milhões de pessoas”, afirmou.

“Porque estamos tratando de possibilitar às pessoas que menos têm terem uma renda a mais. Isso é muito bom e penso que será uma matéria que não teremos oposição dentro da Casa”, completou.

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