Alckmin reinaugura fábrica e destaca apoio federal na recuperação do RS

As enchentes no Rio Grande do Sul em 2024 afetaram toda a sociedade. O governo federal destinou mais de R$ 111 bilhões em auxílio a famílias, produtores e empresários como parte do processo de reconstrução do estado. Nesta sexta-feira (9), mais uma etapa dessa recuperação foi concluída com a reinauguração da fábrica da Coca-Cola Femsa Brasil em Porto Alegre (RS).

O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, esteve no evento que marca a retomada de 100% das atividades no complexo industrial onde as águas alcançaram 3 metros de altura, ficando cerca de um mês e meio inundada em decorrência do desastre climático.

Para a retomada e melhorias na unidade, a empresa investirá um total R$ 886 milhões nos próximos 5 anos, sendo R$ 675 milhões na planta e o restante em melhorias na operação no estado (ampliação das fábricas de Porto Alegre e de Santa Maria e dos centros de distribuição em Farroupilha, Pelotas, Santo Ângelo, Passo Fundo e Vera Cruz).

“É uma alegria estarmos neste momento aqui, na reconstrução de uma das mais modernas fábricas do mundo, com equipamentos, tecnologia, automação das mais modernas, com investimento de R$ 800 milhões aqui em Porto Alegre e R$ 7 bilhões que a Coca-Cola vai investir nas próximas etapas no Brasil todo”, disse Alckmin, que está no exercício da Presidência da República enquanto Lula cumpre agendas na Rússia e China.

Leia mais: Porto Alegre busca se reerguer da enchente em meio ao desmonte do setor público

Na sua fala, Alckmin ainda destacou a importância da pronta ação federal ao disponibilizar o Auxílio Reconstrução para mais de 400 mil famílias.

“O governo do presidente Lula esteve aqui desde o início atuando junto às famílias. Liberou o Auxílio de Reconstrução, R$ 5.100 por família, prorrogou a dívida do estado, tirou os juros durante três anos, o que dá R$ 23 bilhões de melhora de fluxo, esteve presente na área da saúde, educação, infraestrutura, criou um fundo específico, R$ 6,5 bilhões”, afirma.

Alckmin, que acumula o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, ainda destacou medidas industriais conexas ao investimento da Femsa. Ele falou das ações pela Nova Indústria Brasil (NIB) e outras medidas, como o programa de Depreciação Acelerada e da Letra de Crédito de Desenvolvimento.

“A média de máquinas é de 14 anos. Então, é renovar as máquinas e equipamentos. A depreciação de uma máquina era feita, em média, em 15 anos. Agora, em dois anos. Então, tem R$ 3 bilhões colocados no orçamento para a depreciação acelerada. E agora passamos a ter LCD, Letra de Crédito do Desenvolvimento, que é para indústria e comércio. Um conjunto de políticas para fortalecer a indústria”, disse.