Oscar 2007: Jornais americanos apostam em Fernanda Montenegro
Oito anos depois de concorrer ao Oscar por “Central do Brasil”, Fernanda Montenegro está novamente cotada para disputar a estatueta. Sua atuação em “Casa de Areia” pode levar a atriz a mais uma indicação
Publicado 27/06/2006 14:57
Dirigido por Andrucha Waddington (de "Eu Tu Eles"), o longa-metragem fracassou nas bilheterias brasileiras — embora tenha recebido ótimas críticas da imprensa. O fenômeno pode ocorrer de novo em cinemas americanos.
Reconhecimento
Segundo o “Globo Online”, três jornais já destacaram a interpretação das duas Fernandas, como fez a crítica Thelma Adams, no blog da “US Weekly”: “Veja o filme se você quiser saber quem serão as atrizes indicadas ao Oscar”.
Para Anne Thompson, editora de cinema do “Hollywood Reporter”, “Casa de Areia” é um “drama mágico”, que não de destina ao circuito comercial. “Definitivamente não é um filme para multiplex, mas vai gerar interesse do público sofisticado”, diz a crítica. Ela viu o filme em janeiro, no Festival de Sundance.
"'Casa de Areia' é uma intrigante meditação entre três gerações de mulheres durante 60 anos, ao mesmo tempo em que reflete sobre a relação homem/natureza, no cenário inóspito do deserto", analisou Anne Thompson, que considerou “irretocável e maravilhosa” a performance das atrizes.
Já Tom O’Neil atribui à Sony Classics toda a responsabilidade pelas premiações. “Se Montenegro ou Torres terão o reconhecimento da glória”, diz o crítico, “isso só depende de como o estúdio promoverá ‘Casa de areia’ diante dos membros (da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que distribui o Oscar)”. O’Neil costuma apontar, em seu blog, os favoritos aos grandes prêmios da música, cinema e artes.
Por “Central do Brasil”, lançado em 1998, Fernanda Montenegro foi indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro, venceu o Urso de Prata como melhor atriz no Festival de Berlim e foi eleita melhor atriz pela Associação dos Críticos de Cinema de Los Angeles. Também faturou, entre outros prêmios, o Candango (Festival de Brasília) e o Prêmio da Associação dos Críticos de São Paulo (APCA).
Por André Cintra, da Redação, com agências