PMDB de 16 a 20 Estados irá ao Alvorada em apoio a Lula

Entre 16 e 20 presidentes estaduais do PMDB, além do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), do senador José Sarney (AP),  levarão seu apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na segunda-feira que vem (10). Eles v&atild

O encontro será à tarde, no Palácio da Alvorada. “Vamos nos encontrar com o presidente Lula na segunda-feira. Os representantes do partido devem manifestar apoio ao presidente”, confirmou o senador José Sarney (AP), um dos expoentes do PMDB pró-Lula.


Sarney pensa em documento oficial


"A princípio devemos ter o encontro na segunda-feira que vem, anunciar que vamos votar no presidente Lula e pedir votos para ele", afirmou Sarney. "É possível até que surja um documento oficial de apoio à reeleição depois do encontro e de compromisso do PMDB com a campanha", adiantou.

O ex-presidente acha que até o ano que vem o PMDB estará unido para seguir com Lula no prometido governo de coalizão. "Essa história só tem sentido com o partido unido. Do jeito que é hoje – em que uma ala é contrária ao governo – não dá para ficar", criticou.

Sarney lembrou que são poucos os Estados em que o PMDB não estará ao lado do PT nas eleições de outubro. Citou como exemplos Santa Catarina e o Distrito Federal – e poderia mencionar também Pernambuco. Disse que no Rio Grande do Sul o governador Germano Rigotto ficará neutro e, no Paraná, Roberto Requião votará em Lula. "Em São Paulo também não há possibilidade de Orestes Quércia votar em Alckmin. Ficará com Lula", assegurou.


No governo, coalizão de “porteira fechada”


Na reunião de segunda-feira, Lula vai anunciar que, se reeleito, convidará o PMDB a fazer parte de um governo de coalizão. Na trajetória do presidente, por duas vezes ele voltou as costas para o PMDB, e das duas vezes se arrependeu: na eleição presidencial de 1989, quando rejeitou o apoio de Ulisses Guimarães no segundo turno, e perdeu para Fernando Collor por 4,8% dos votos; e ao montar seu governo, em 2003, quando atendeu à pressão petista contra a inclusão do PMDB no ministério.

Segundo a Agência Estado, na reunião no Alvorada Lula prometerá não repetir a fórmula, batizada de “horizontalidade”, usada por pressão do PT quando o governo passou a contar com ministros peemedebistas.  Nela, o ministro tem como contrapeso um secretário-executivo de outro partido, de forma que ambos se vigiavam e a produtividade caía.

"Quando cada um rema para um lado, a tendência é o barco não ir para lugar nenhum", comparou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).


Boa-vontade nos Correios


Nesta quarta-feira, Lula enviou um sinal de boa-vontade ao partido, ao fazer publicar no Diário Oficial da União a nomeação do novo presidente dos Correios, Carlos Custódio, proposto pelo peemedebista Hélio Costa, ministro das Comunicações, e três diretores próximos de Renan e Sarney.


A oposição reclamou. "Não é possível que uma entidade como os Correios, que ficou tão exposta pelo que foi praticado ali dentro, seja motivo de barganha para abrigar apaniguados de partidos", afirmou o Heráclito Fortes (PFL-PI) no plenário do Senado, aludindo à corrupção nos Correios como estopim da crise política de 2005.

Os peemedebistas defenderam as indicações, dizendo que o novo presidente (Carlos Henrique Almeida Custódio, nome proposto por Hélio Costa, ministro das Comunicações) e novos diretores são qualificados para os cargos. "O PMDB indicou pessoas técnicas e que têm experiência. Essas nomeações referendam que o PMDB está colaborando com o governo", retrucou Jucá.

Com informações
da Agestado