Luiz Marinho pode assumir coordenação da campanha de Lula em SP
Falta apenas um pedido formal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, deixe o governo e assuma a coordenação da campanha à reeleição do petista em São Paulo. “E
Publicado 10/07/2006 16:49
O convite formal pode ser feito nesta segunda-feira por Lula. Na agenda do presidente, consta reunião com o ministro do Trabalho às 16h, no Palácio do Planalto.
Marinho confirmou, durante lançamento das candidaturas do partido em São Bernardo, no sábado, o convite feito pelo presidente estadual do PT, Paulo Frateschi. “Eu disse ao Frateschi que a condição para coordenar seria me afastar do Ministério. Ele disse que não seria necessário, mas reafirmei que não toparia assumir uma tarefa para fazer de conta que vou cumprir”, explicou.
“Falei para ele, também, que dependeria de uma orientação da coordenação e do próprio presidente. Isso não aconteceu até agora. Quem me tira do ministério é ele. Não posso deixar de ser ministro por minha decisão, a não que eu peça demissão”. Para o petista, é incompatível acumular as duas funções. Ex-presidente nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Marinho foi candidato a vice-governador em 2002, na chapa encabeçada pelo ex-presidente nacional do PT, José Genoino. A dupla petista foi derrotada no segundo turno pelo tucano Geraldo Alckmin.
O ministro do Trabalho disse, também, estar preparado para enfrentar saias-justas em eventos públicos por conta da presença de petistas que tiveram seus nomes ligados ao escândalo do mensalão, como o próprio Genoino. “Nós estamos prontos para enfrentar isso. Os tucanos e pefelistas terão esse comportamento. A gente está aberto a fazer discussão do que está acontecendo no País”. Na última sexta-feira, o candidato do PT ao governo do Estado, Aloizio Mercadante, enfrentou uma situação constrangedora ao ouvir pessoas gritando “mensaleiros”, durante caminhada no Centro de São Paulo.
Assim como Mercadante, Marinho que forçar um debate sobre a comparação dos oitos anos do governo FHC com os quatro de Lula. “Aumentamos o salário mínimo, o poder de compra das famílias de baixa renda. Nós estamos seguros em conduzir a campanha à reeleição do presidente e levar o senador Mercadante ao segundo turno em São Paulo”.
Fonte: Diário do Grande ABC