Datafolha, Senado, Ceará: empate técnico entre Moroni e Inácio

A polarização deixou pouco espaço para os demais candidatos. No Datafolha, Raimundão (PSTU) e Fernandes Filho (PSDC) detêm 3% dos votos cada. Tarcísio Leitão (PCB) é citado por 2% dos eleitores e Nair Fernandes conta com 1% das intenções de votos; 23% ainda não sabem em quem votar e 8% afirmaram votar em branco ou nulo.

A disputa pelo governo

Na véspera, o Datafolha anunciara os seus números para governador do Ceará. Lúcio Alcântara aparece com 44% enquanto Cid obteve 35% das intenções de voto na pesquisa estimulada. Dos outros candidatos, o do PSOL, Renato Roseno atinge 2%; Salete Maria (PCO), Ten. Cel. Gondim (PSDC) e Desembargador José Maria têm 1%, cada; 5% tendem a votar em branco ou anular o voto e 12% estão indecisos.

A diferença de 9 pontos está fora da margem de erro mas mostra uma disputa acirrada. Analistas da política cearense lembram que a diferença é pequena se compararmos a eleições passadas. ''Em agosto de 2002, o Instituto Em Data apontou Lúcio também com 44%. Mas o segundo colocado, Sérgio Machado (PMDB), ficou apenas com 11% – uma diferença de 33 pontos percentuais'', comentou o jornal O Povo. A eleição terminou no segundo turno, e Lúcio se elegeu com 3 mil votos de vantagem.

Plenária de campanha

Coordenadores da campanha de Cid Gomes, animados com o resultado, esperam que o comício de Lula, no próximo sábado, seja visto por cerca de 40 mil pessoas. Além do presidente, de Cid e Inácio, estarão no palanque Luizianne Lins (PT), prefeita de Fortaleza, Francisco Pinheiro (PT) e candidato a vice de Cid.

Nesta quinta-feira, cerca de mil apoiadores e militantes da campanha Inácio-Lula-Cid estiveram reunidos na noite desta quarta-feira, numa grande plenária de mobilização. O objetivo foi motivar a militância. É aqui que estão os melhores nomes para enfrentar essa eleição”, afirmou Inácio, acrescentando que é preciso barrar a direita, o PSDB e o PFL. “Esse caminho nosso povo não quer mais, não serve ao país nem ao Ceará”.

Candidato a deputado federal pelo PSB,  Ciro Gomes representou o seu irmão Cid, candidato a governador, que não pôde comparecer a plenária por está gravando seu programa de televisão. Ciro falou que era preciso reeleger ''o maior presidente que o Brasil já teve'' e Cid Gomes, agregando: “Mas se essas duas eleições valem por elas mesmas, eleger um senador como o Inácio vale pela sua história de vida, sempre ao lado das questões populares”. Ciro continuou dizendo que o adversário de Inácio caiu de pára-quedas no Ceará. “Não conhece os bairros, não conhece um pé de bodega e  usa o medo e a insegurança da população diante da violência para forjar um discurso fascista, mentiroso e demagógico”.

Com O Povo e agências