Aldo faz elogio à liberdade em ato político pelo pluripartidarismo

O discurso do Presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) no ato político “Por uma Reforma Política Democrática e Pluripartidária” foi uma defesa da liberdade. Aldo compôs a mesa ao lado do presidente da República em exercício, José de Alenca

Aldo (Aldo faz discurso em defesa da liberdade) destacou que “a reunião que nós realizamos aqui na Câmara não tem como objetivo a defesa de interesses partidários, corporativos. Trata-se de escolha, de chegarmos a conclusão se o Brasil comporta democracia profunda, verdadeira, duradoura, ou se o Brasil assume os riscos de restringir direitos e liberdades”.


 


O vice-presidente José de Alencar (Presidente em exercício atrai público e mídia para ato político), o último dos oradores, elogiou o discurso de Aldo Rebelo. E disse que sintetizava a fala do Presidente da Câmara na frase inicial do seu discurso: “O primeiro compromisso de Minas é com a liberdade”, arrancando aplausos do público que lotou o auditório, entre parlamentares, militantes, intelectuais, estudantes e simpatizantes da causa.


 


Alencar também ressaltou as palavras do Presidente do PCdoB, Renato Rabelo, o primeiro a falar no evento. “Com a sua firmeza, ele deu o tom. A partir do seu discurso, todos reafirmaram a mesma vontade, ainda que pequenos, de continuar representando aquilo que pretende levar ao país como contribuição”.


 


Antigos e novos


 


“O PCdoB não desaparecerá”, disse Renato Rabelo (Renato Rabelo: Declaração de resistência agrada platéia), em meio ao seu discurso em defesa da luta dos partidos em manter os seus direitos de existir e funcionar dentro do Congresso Nacional com as mesmas prerrogativas que os deputados dos demais partidos políticos. A afirmação fez o público se manifestar com aplausos e gritos de “muito bem”.


 


Enquanto Renato Rabelo destacou a antigüidade do Partido Comunista – que tem 84 de existência – como arma para superar mais esse obstáculo para continuar existindo, o presidente do PRB, Vítor Paulo, usava como argumento o fato do partido ter pouco mais de um ano de vida e, tendo superado todas as exigências da lei para existir, vai continuar lutando pela sua permanência na vida político-partidária do País.


 


A senadora Heloísa Helena (Heloísa Helena pede “direito de existir”), presidente do PSOL, também descreveu a trajetória do seu partido no processo de constituição e, como os demais, manifestou a vontade de continuar lutando contra a cláusula de barreira. Ela , como os demais, aguardam que o Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgar, no próximo dia 7 de dezembro, a Ação de Inconstitucionalidade, “corrija a gravidade do que foi feito aqui (No Congresso Nacional, que aprovou a lei da cláusula de barreira).


 


O ato contou ainda com as palavras do presidente do PV, José Luis Pena, que defendeu a reforma política com a instituição da lista pré-ordenada, para que a disputa política ocorra em torno dos programas dos partidos. “É esse o espírito do PV nesse evento”, destacou. E do Presidente do PSTU, José Maria de Almeida, que disse que “com a mesma gana com que defendemos os interesses do povo e dos trabalhadores, defenderemos a existência dos nossos partidos”.


 


O governador do Piauí, Wellington Dias, do PT, disse que participava do ato para prestar solidariedade à causa. Ele, como os demais oradores, defendeu a reforma política como mecanismo de aperfeiçoamento da vida democrática. Destacou que o processo de construção da democracia é recente, rememorando o período da ditadura militar, quando a vida político-partidária foi restringida, e que não pode sofrer restrições.


 


Esperança e força


 


Os oradores se alternaram entre a esperança de que o julgamento no STF ponha fim à cláusula de barreira e a força de que, mesmo derrotados na instância jurídica, vão continuar lutando em outros níveis para por fim ao que consideram um mecanismo autoritário que ameaça a liberdade partidária.


 


Para o vice-presidente, “essa tese vai sair vitoriosa porque é natural para um país como o Brasil, até pela própria raça miscigenada, que não pode abrir mão dessa liberdade de instituições partidárias”.


 


O deputado Aldo Rebelo lembrou, em seu discurso, as palavras do político alagoano Tavares Bastos que dizia que “se você bane da vida partidária e da vida legal as minorias, onde elas vão buscar o espaço para ação política – na clandestinidade, nos métodos violentos?


 


Ao concluir sua fala, Aldo disse que “essa casa do povo brasileiro tem o desafio de refletir sobre o direito dos partidos, a liberdade partidária, como a liberdade de imprensa, a liberdade religiosa, que integram um objetivo mais permanente, mais constante, que é a construção da democracia”.


 


De Brasília
Márcia Xavier


 


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