Ronaldo Salgado fala sua vida, Fortaleza, jornalismo,literatura e João do Rio
A proposta: flanar pelo Centro da Cidade, conversando sobre o espaço urbano e sua relação com a crônica reporteira. Remendando tudo isso, a vida e as concepções do professor Ronaldo Salgado sobre jornalismo. O resultado? A entrevista que segue:
Publicado 13/01/2007 17:14 | Editado 04/03/2020 16:37
Seus dedos ósseos se entrelaçam quando fala de jornalismo e literatura, da cidade e suas histórias. Quando sorri, seus dentes trincam em um sorriso que morde carne e arranca tufos líricos da pele. Seu corpo é magro, o andar um pouco torto, ébrio. O olho direito cego enviesa seu olhar às vezes e é como – ele mesmo brinca – isso o fizesse olhar melhor ainda, como se ele pudesse ler o tempo e o espaço.
Ronaldo Salgado, menino nascido no Crato, crescido na rua e dela amante e amado, se identificou com João do Rio justamente por essa ''condição radicalizada de amor pela rua''. Quando meninote, ir ao encontro do pai nos botequins foi a descoberta de um de seus abrigos preferidos na cidade. O outro seria o vão da rua. O jornalismo viria nessa enchente que fez Ronaldo descer rio abaixo montado em um barco a vela, soprando histórias.
Com 50 anos, hoje o jornalista que já passou pelas redação dos dois grandes jornais do Ceará ensina no curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará desde 1988. Lá fala de um jornalismo que conheceu nas páginas da revista Realidade, marco do jornalismo literário brasileiro. Jornalismo de reportagens grandes, trabalhos longos de apuração no campo – rua -, texto humanizados e bem construídos.
Flanando por alguns pontos do Centro de Fortaleza, Ronaldo conversou sobre sua vida, a cidade, jornalismo, literatura e João do Rio, praça onde essas ruas se encontram. Saindo da Praça do Ferreira, passando pela Praça dos Leões, Mercado Central, dando uma parada no Passeio Público até imendar com o ponto de partida. Muito há o que se contar e observar.
João do Rio escreveu no texto A Rua que abre a Alma Encantadora das Ruas: ''Para compreender a psicologia da rua (…) é preciso ter espírito vagabundo, cheio de curiosidades malsãs e os nervos com um perpétuo desejo incompreensível''. Ronaldo Salgado tem esse espírito vagabundo?
Eu tenho não só esse espírito vagabundo como o espírito errante, o espírito de quem gosta de vasculhar as minúcias das ruas, as personagens que habitam essas ruas e também estender o espaço das ruas para dentro dos botequins e dos bares que é onde você vai encontrar essencialmente personagens que se multiplicam, que se modificam a cada instante, seja através de um processo de desabafo, seja através de um processo de tentativa de superar solidões, de superar medos. Enfim, personagens que são frutos da cidade, da cidade em ebulição, em efervescência, da cidade que se modifica, que é dinâmica, plural, polifônica, que significa uma explosão de sentimentos, de realidade, de histórias.
Ronaldinho, qual a tua primeira memória desse teu encantamento com a cidade, com as ruas, com os botequins, com as pessoas. Isso vem da tua infância?
Eu nasci no Crato, uma cidade essencialmente cultural, uma cidade que tem uma manigestação muito intensa não só da chamada cultura popular ou das camadas mais subalternas, mas é uma cidade que integra a cena cultural do estado do Ceará com influência do estado de Pernambuco. Quando eu era criança, eu ia ao encontro do meu pai nesses bares e não era censurado por ir aos bares, por acompanhar essas conversas. O meu irmão mais velho, Carlos Cesar, que é a figura com quem eu mais me identifico, na verdade foi com quem eu comecei a beber. Eu comecei a beber muito cedo, com 12 anos de idade, escondido do pai, mas com a conivência do irmão mais velho. Passei a frequentar esses espaços, são espaços de sociabilidade, de amizade, de manifestação de carinho, de afetos, de trocas entre os amigos, de revelação das mais inusitadas possíveis e me acostumei com essa idéia de passear, de andar pelas ruas do Crato, de me deslocar da minha casa ao escritório do meu pai, de me deslocar aos bares, sejam os mais próximos ou os mais distantes e me encantei. Quando eu era criança brincava no meio da rua, nas praças. Eu não fui criado na cidade grande. Eu fui criado no interior e a alma do interior é a alma da liberdade, da criança que tem ampla liberdade de gozar o espaço da rua, não é essa cidade grande que restrige, que enclausura a pessoa. É uma coisa mesmo que vem da infância, esse encantamento, essa vontade de fazer parte da cena citadina.
As histórias, que depois eu acho vão ser a tua grande paixão pelo jornalismo, começaram a surgir pra ti nessas mesas de bares, naquela história de um conta um causo, outro conta outro?
Tem muito dessa história de pessoas que conversam nos bares, causos que são contados, anedotas, brincadeiras, memórias de pessoas mais velhas que passam a contar o que aconteceu em épocas passadas, mas também tem muito de uma coisa que eu fui incentivado desde cedo por meu pai, que era a leitura. Eu lembro muito bem que, por exemplo, na minha infância não só a gente tinha acesso a uma quantidade de livros enorme, como também à revistas, a jornais, porque o papai era uma pessoa que comprava muitas revistas, muito jornal. Jornal do Rio, jornal de São Paulo, jornal de Pernambuco. Então, desde cedo essa cultura letrada faz parte da minha vida e eu me lembro que quando eu mudei pra Fortaleza, antes de completar 15 anos, eu me lembro de uma coisa muito importante que foi o seguinte: aqui numa banca de revista, na esquina do Palácio Progresso. papai disse: ''tudo que você quiser tirar nessa banca, se for pra sua leitura, se for para seu crescimento, você tire, não se preocupe, a conta eu pago no fim do mês''. Então isso foi o maior presente que eu tive na minha vida.
Quais autores Ronaldo? Quais histórias, quais narrativa?
São tantas. Por exemplo, pegando uma parte de jornalismo especificamente: com 10 anos de idade eu conheci a revista Realidade que é um marco exponencial da relação entre jornalismo e literatura no Brasil e que se prolongou de uma forma bem característica nos anos 66, 67, e 68. Em 68, começou um pouco essa decaída. Em 68, eu tinha 12 anos de idade, mas era incentivado a ter essas leituras. E continuou a revista Realidade, mesmo depois do advento da revista Veja, que balancou um pouco esse projeto editorial da Realidade. Do ponto de vista jornalístico, essas grandes reportagens que marcaram o jornalismo brasileiro na década de 60. Isso me marcou profundamente. Se você passar pro campo da literatura, você tem uma variedade, porque tanto envolve a literatura brasileira, como a estrangeira. Eu me lembro que as histórias extraordinárioas de Edgar Allan Poe. Ainda havia os gibis, os quadrinhos que era uma coisa avassaladora. Nós tínhamos acesso às histórias em quadrinhos de super-heróis, as histórias do Walt Disney. Todo esse caldo de cultura através da palavra impressa, isso motiva a que a gente venha a se envolver com essa questão do jornalismo e da literatura.
Antes da gente continuar a caminhada, eu queria aproveitar o espaço da Praça dos Leões. O Centro pode ser considerado como o espaço que sintetiza a belle époque fortalezense e a convulsão, quase caótica, da modernização, que é uma das principais problemáticas que você vai trabalhar nas Crônicas Reporteiras de João do Rio. Eu queria saber: o que o Ronaldo Salgado observa nesse espaço?
Em primeiro lugar, eu acho que tem uma discordância muito particular dessa construção de que há uma belle époque em Fortaleza. O espaço da belle époque fica muito restrito ou ele tem uma significação muito mais forte no Rio de Janeiro. Em Fortaleza, eu respeito os pontos de vista contrários ao meu, mas eu acho que é uma questão muito forçada. Olhando aqui, se inserindo nesse espaço da Praça dos Leões, lembra logo uma questão muito bucólica, pelo meio-ambiente, pelas árvores, pela ventilação. Hoje, especialmente hoje, nós estamos num contexto que é um tanto quanto caótico em função de uma coisa sazonal, é essa feira de troca-troca de livros que sempre ocorre no começo de cada semestre letivo. Por exemplo, se você vier à Praça dos Leões no mês de outrubro, no mês de setembro, você vai encontrar um outro tipo de sociabilidade, você vai encontrar amigos conversando, pessoas jogando dominó, dama, baralho; você vai encontrar garotas de programa tentando conseguir algum cliente; você vai encontrar transeuntes que passam pelo Centro da cidade e aproveitam o momento, a sombra, o bucolismo do local em si pra conversar, pra descansar, pra relaxar.
Nós estávamos falando das tuas leituras. A rua e o jornalismo então vieram muito próximos um do outro na sua vida?
Numa cidade como o Crato que, pra mim, na minha imaginação infantil, era uma cidade enorme. Eu corria aquelas ruas todas, passava à tarde inteira correndo por aquela cidade, indo aos bairros mais distantes. Aquilo foi uma coisa que ficou muito marcada na minha maneira de, mais tarde, me colocar. Com a minha leitura, com o acompanhamento sistemático dos jornais, das revistas, com o acompanhamento, por exemplo, de um cine jornal, porque os cinemas antigamente, antes de começarem as seções dos filmes, havia um jornal da Atlântida, um cine jornal que fazia uma resenha noticiosa sobre os acontecimentos da semana, culminando com um mini tape de futebol sobre os grande clássicos do futebol brasileiro. Essas coisas reverberam de uma cidade pra outra e repercutem intensamente dentro da cabeça e do coração daquele menino que se transformou em homem e neste homem que não deixa de ser menino.
Ronaldinho, nesse tempo seu de infância e adolescência, você já vinha com a rua no seu caminho, no meio encontrou a leitura… Você já começou a escrever também por essa época?
Eu costumo dizer, inclusive em sala de aula, que o que me levou a fazer jornalismo foi o Super-Homem, porque eu achava fantástico aquela história de que o cara tava de paletó e óculos e, quando ele tirava o paletó e os óculos, se transformava num super-homem que tinha o poder de tudo. E ele era jornalista, Clark Kent. E ele estava em uma cidade. Eu brincava de jornalismo quando criança. Eu me lembro de elaborar, com caixas de papelão e cabo de vassoura, câmeras de televisão. Eu me lembro, por exemplo, de projetar filmes numa caixa de sapato em que você quebrava uma lâmpada, limpava, enchia d'água, pendurava na caixa de sapato, arranjava pedaços de películas do cinema, colava com durex e ficávamos passando cinema. Então essa coisa da comunicação faz parte da minha vida desde a minha tenra idade. Nós nos reuníamos lá na cidade do Crato… e aqui em Fortaleza isso aconteceu também. Tínhamos um grupinho de pessoas que produzia jornaizinhos. Isso foi acontecendo que tanto é que, quando eu fui fazer vestibular, eu só me inscrevi para o vestibular da Universidade Federal do Ceará, que era pra área de Comunicação. O único curso que eu queria era Jornalismo. Me inscrevi e passei.
Qual a sua identificação com o João do Rio?
A minha identificação com ele é a rua. O que me chama a atenção é que quando eu acabei de ler A Alma Encantadora das Ruas, eu percebi que a paixão que envolveu João do Rio em relação a rua, eu passei a adotá-la como sendo minha. Porque, como eu trabalhei com jornalismo de cidade e estava acostumado a tentar vasculhar pautas de cidade, eu vi que aquilo ali era uma maneira de modificar um pouco, reeducar o meu olhar. Então me identifiquei com ele por essa condição radicalizada de amor pela rua. Não me encantei pela figura exótica, pela figura controversa, polêmica do João do Rio.
(Chegando ao Mercado Central) Acho que a gente pode falar um pouco do Mercado. Porque trazer seus alunos da disciplina de Jornalismo de Cidade ao Mercado Central, Ronaldo?
Eu acho que a feiúra do Mercado se completa com a figura da rua em termos de importância para a compreensão da cidade. Porque aqui, nesse caso específico, é um mercado que está mais destinado a trabalhar os produtos turísticos, a cultura de um modo mais esgarçado. Mas o mercado público, que marca todas as cidades, também é um espaço de convergência, de concentração, de interesse da população da cidade. Os mercados são pontos não só de fazer valer a atividade econômica, mas, sobretudo, pontos também em que as pessoas podem trocar idéias, podem se encontrar, conversar.
Eu acho que a figura do Mercado Central em Fortaleza é um pouco anacrônica em relação ao que é a cidade de Fortaleza. Eu considero isso aqui um monstrengo, uma coisa que poderia ter uma outra concepção, uma outra dinâmica. Poderia não está só voltado para a recepção daqueles que visitam a cidade de Fortaleza. Poderia ser um espaço em que não tivesse apenas a questão da venda. Poderia haver manifestações culturais, aproveitar o Mercado como sendo algo importante para a vida da cidade.
Continuando a caminhada. Vamos voltar ao Ronaldo Salgado. Como esse homem, com um olho a menos, consegue ter essa capacidade de observação incrível?
Eu acho que jornalismo é produto de uma observação bem cuidada, não só de uma captação de informação através da anotação de dados. Não é só isso, é isso aliado à observação e aliado também à leitura. É fundamental você ter lastro cultural, um lastro de informação muito grande. Eu costumo brincar que eu enchergo mais com meu olho cego do que com meu olho sano. É uma brincadeira que eu faço, mas por quê? Porque, na verdade, o que eu faço é dizer: não se pode pensar que, apenas pelo fato de você está vendo as coisas, você controla aquelas coisas, você tem a informação por completo. Isso você vai efetivamente ampliar através da leitura, não só dos produtos jornalísticos, mas sobretudo da literatura, a leitura de romances, contos, crônicas, poesias… O meu olho direito permanece fechado, mas por detrás dele está sempre aberto o olho de tudo que eu tive acesso, de tudo que eu li.
(Entrando no Passeio Público) O que você sente ao entrar nesse espaço?
Eu acho que a gente que tem uma leitura do significado histórico desse local. Não só para a história do Ceará, mas sobretudo para a história do Brasil, com o movimento da Confederação do Equador. Uma primeira emoção que me toca é justamente o fato de que aqui foram massacrados jornalistas que lutavam para a superação de determinadas coisas que eram impostas. Padre Mororó, pra mim, é um signo de luta, de liberdade, de valor da palavra. Os líderes da Confederação do Equador foram fuzilados nesse local. Antes de qualquer emoção pelo bucolismo do local ou pelas lembranças de alguma paixão juvenil ou de alguma fugidia realidade particular minha, tem o elemento histórico e tem o elemento ambiental, porque esse espaço era para estar absolutamente em primeiríssimo plano, seja em que administração fosse, porque é um espaço que tem essa referência histórica e tem essa beleza, essa tranqulidade que você tá vendo. Hoje, é um espaço marginalizado, frequentado muito sordidamente, sorrateiramente. As garotas de programa, as protitutas que sempre estão no entorno, seja aqui ou mesmo na Praça dos Leões. Esse é um local que deveria ter uma valorização. Do ponto de vista da minha afetividade, das minhas lembranças: quando eu cheguei aqui com 14 anos, o meu pai tinha um escritório aqui perto e eu ia ao escritório do meu pai, mas, muitas vezes, à tarde eu vinha pra cá. Fazer? Cutucar as meninas, provocar alguma coisa. Eu vinha na minha vontade adolescente de descobrir o mundo e me lembro de ter tido tardes maravilhosas.
O João do Rio flanou pela capital à época quando a modernização começa a acontecer de forma efetiva. Hoje, nós vivemos a exacerbação dessa modernização. É muito curto o espaço de tempo entre as transformações no espaço urbano. Eu queria saber como o flaneur convive com esses imperativos como o da velocidade?
O flaneur é aquele que vaga pela cidade. É aquele que efetivamente se insere na rua, observando, pinçando certas nuances e daí ele tira matéria prima para suas produções textuais. No caso dessa modernização exacerbada, há um aspecto que eu acho que é importante a gente refletir: parece que os espaços públicos perdem valor e muita coisa ocorre sob o ponto de vista de uma privatização. As pessoas são como que expelidas dos espaços públicos. Você vê, por exemplo, as praias do Ceará, hoje, estão praticamente feudos particulares, hotéis que vêm da Europa se instalam na beira-mar de Fortaleza e praticamente privatizam aquele espaço. Você muitas vezes é convidado, se você não vai consumir, a se retirar. E nós poderíamos dizer também que as grandes avenidas e os sinais que sequer respeitam o transeunte. São poucos os sinais em Fortaleza que têm tempo para pedestres. A dinâmica dos carros é mais importante que a dinâmica das pessoas.
É interessante como o João do Rio vai projetar isso, tanto que o texto que abre sua obra Vida Vertiginosa é uma crônica intitulada A Era do Automóvel que abordará justamente essa supremacia do automóvel sobre as pessoas.
Exatamente. Naquela época, ele percebeu isso. Hoje, porque que eu acho que o João do Rio é importante nessa duplicidade entre o que é literário e o que é jornalístco, entre o apressado e o permanente? É que 100 anos depois, a alegoria do João do Rio está absolutamente atualizada. Ele consegue ter essa ante-visão das coisas, ele está um pouco à frente do tempo principalmente na questão do jornalismo. Hoje, tudo que a gente faz em termos de reportagem deve ser referenciado à atuação do João do Rio no começo do século XX.
De maneira geral, como você avalia a atuação da imprensa nesse contexto?
Os jornais muitas vezes estão privilegiando o encurtamento, a abordagem mais apressada. É claro que a gente não pode deixar de reconhecer que aqui, acolá, tem reportagens premiadas, tem reportagens que concorrem aos prêmios que a três por dois são oferecidos, não só por entidades jornalísticas, mas também por entidades empresariais. Eu falo em um projeto editorial que valorize a reportagem como possiblidade de fazer com que o jornal recupere o prestígio que teve em outras épocas. Diante da avassaladora presença da informação instantânea, on-line, dessas novas tecnologias nos meios de comunicação de massa, é preciso que o jornal venha a repensar um pouco a sua atuação e venha potencializar a produção de textos e reportagens de campo e não quelas ''reportagens'' que são feitas via telefone dentro das redações.
De que maneira as novas tecnologias de produção e difusão da informação alteram o conceito de crônica reporteira?
Altera radicalmente, porque a crônica reporteira pressupõe a ocupação do espaço citadino. A crônica reporteira, que é essa reportagem que tem elementos de crônica, em que se mesclam essas perspectivas do que é crônica pela subjetividade do repórter e o que é reportagem pela referencialidade da linguagem jornalística. Ela exige a rua, exige a cidade, exige a relação direta entre o repórter e a sua fonte de informação. Ela requer que essa narrativa, fruto da atuação do repórter em campo, seja marcada por esse caráter de humanização que nem sempre ocorre com relação a esses artefatos tecnológicos que, grosso modo, para uma grande parcela de jornalistas da atualidade, facilitam a produção de reportagens.
Fonte: O POVO