Hospitais na Zona Oeste em más condições
O secretário estadual de Saúde, Sergio Côrtes, vistoriou no dia 15 os hospitais estaduais Rocha Faria e Eduardo Rabello, ambos em Campo Grande, Zona Oeste do Rio. Nas unidades foram encontrados equipamentos parados e salas fechadas.
Publicado 15/01/2007 18:11 | Editado 04/03/2020 17:06
Côrtes percorreu os três andares do hospital Rocha Faria. Durante a inspeção foram constatadas algumas melhorias como a ausência de macas nos corredores. Entre os problemas observados estão o não funcionamento de um CTI devido à ausência dos equipamentos; uma área da enfermaria com cerca de 48 leitos desativados e a Day Clinic – voltado para o planejamento familiar – onde são feitos procedimentos para laqueaduras, mas que encontra-se fechado há quatro meses.
O secretário garantiu que logo serão iniciadas as obras de manutenção do prédio e de aparelhos avariados, como o tomógrafo, que não consegue imprimir laudos porque o software não é o original. A Siemens se recusa a fazer o conserto alegando atraso no pagamento, cuja dívida já estaria em R$ 80 mil. Côrtes disse que tenta convencer a empresa a fazer o serviço com o compromisso de honrar os pagamentos daqui para frente, da mesma forma como contornou o problema com as empresas que prestam serviço de hemodiálise para o estado, que chegaram a ameaçar a suspensão do atendimento de cerca de 350 pacientes.
O diretor do Rocha Faria, Acyr Pires Aguiar, garantiu que em 15 dias vai reinaugurar o CTI parado, com oferta de mais sete leitos, e iniciar as obras de recuperação do prédio, além de fazer a troca de material cirúrgico e das macas deterioradas. Segundo ele, o hospital tem mais problemas de infra-estrutura que de pessoal, cuja deficiência maior está no setor de neurocirurgias, em cerca de 45%. O hospital, que possui 248 leitos, vai ganhar mais 56 de neurocirurgia, ortopedia e outros atendimentos de alta complexidade.
Côrtes informou que as compras e os contratos para a área da saúde serão fechados de forma centralizada, colocando fim às compras sem licitação que custaram aos cofres públicos R$ 110 milhões em 2006. Segundo ele, esse questão deverá ser avaliada pelo Ministério Público.
Depois do Rocha Faria, Sérgio Côrtes visitou o Centro de Geriatria e Gerontologia Eduardo Rabello, que atende idosos segurados do Iaserj (Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro). Segundo o secretário, o hospital tem boa estrutura, necessitando apenas de algumas melhorias. O instituto possui um centro de fisioterapia e bons laboratórios, mas estão desativados.