Centrais voltam a criticar queda “medíocre” dos juros

O presidente nacional da CUT, Artur Henrique disse em comunicado enviado à imprensa que a redução de 0,25 ponto percentual na Selic, arbitrada hoje pelo Comitê de Política Monetária (Copom), representa “mediocridade” e não “parcimônia”. Para a Força Sindi

 


O presidente nacional da CUT, Artur Henrique disse em comunicado enviado à imprensa que a redução de 0,25 ponto percentual na Selic, arbitrada hoje pelo Comitê de Política Monetária (Copom), representa “mediocridade” e não “parcimônia”, como “o presidente do Banco Central (Henrique Meirelles) prefere intitular”. “Reivindicamos que o governo federal chame esses funcionários ao seu real dever e também o sistema financeiro a participar do esforço nacional por desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho”, disse ele.


 


Artur lembrou ainda a mudança nas regras de cálculo da Taxa Referencial, que vai reduzir os rendimentos das cadernetas de poupança e do FGTS. A pedido da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a modificação na segunda-feira para, segundo o governo, acompanhar a trajetória de queda dos juros.


 


“Ao determinar que a TR cairá quando a Selic estiver abaixo de 12 pontos, o Banco Central nada mais faz do que atender a pedido do sistema financeiro, que teme pela migração de investimentos hoje concentrados nos fundos DI – em que os bancos faturam alto com a cobrança de taxas de administração – para a poupança, que os obriga a direcionar parte dos recursos que têm sob guarda para o setor produtivo da habitação – algo que eles parecem odiar”, finalizou.


 



Força Sindical: decisão equivocada


 


Já a Força Sindical qualificou a decisão do Copom como “decepcionante”. Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) –o Paulinmho da Força–, a redução de 0,25% na taxa Selic “frustra os trabalhadores”.


 


“A decisão do Copom é equivocada, com pouco impacto para tirar o País da atual estagnação econômica e compromete o primeiro semestre deste ano, que já caminha para um crescimento raquítico”, afirma Paulinho em nota oficial.


 


Paulinho também avalia que o governo opta por “queda tímida” para manter a “política conservadora que favorece apenas o setor financeiro” e não cria “condições para o aumento da produção e a geração de empregos”. A nota oficial da Força conclui que um corte maior na taxa é urgente.


 


Da redação,
com agências