UNE relembra os 43 anos do golpe militar e o incêndio da sede

UNE e Ubes relembraram, no dia 1º de abril, os 43 anos do golpe militar no Brasil e o incêndio da sua sede na Praia do Flamengo, retomada no dia 1º fevereiro. O ato contou com a presença de ex-presidentes da UNE, como o deputado federal Renildo Calheir

Antes ocorreu o descerramento da placa que homenageia os estudantes que retomaram a sede da UNE no dia 1º de fevereiro deste ano e que consagra o retorno da entidade ao local. O ato contou com a presença do cineasta Silvio Tendler, que está produzindo um documentário sobre o movimento estudantil.



Exposição



Também foi inaugurada no local a exposição, que contou com a parceria do IPHAN, sobre a história da sede. O presidente da UNE, Gustavo Petta, informou que a entidade iniciará uma campanha nacional pela abertura dos arquivos militares. “O incêndio do nosso prédio foi de responsabilidade do estado brasileiro, que deve pagar essa dívida reconstruindo a sede”, disse Gustavo Petta.



O presidente da Ubes, Gustavo Franco, disse que o terreno na Praia do Flamengo também tem servido de local para mobilizar os estudantes para a defesa do passe-livre, que no Rio de Janeiro está ameaçado por decisão da justiça.



O deputado federal Renildo Calheiros (PCdoB) disse que estava emocionado por ter voltado à sede: “A UNE sempre representou a luta por democracia e justiça e por isso teve o prédio incendiado. Agora não há nada que nos retire daqui”.



Segundo a secretária municipal de Niterói, Jandira Feghali, a UNE mais uma vez fazia diferença por mostrar para a sociedade brasileira que o 1º de abril não pode ser esquecido.



Por fim, o músico Carlos Lyra fez um show em que cantou e contou sobre suas parcerias, principalmente com Vinícius de Morais. Os estudantes ficaram de pé quando Carlinhos cantou o hino da UNE, que teve a música composta por ele.