Camboja lembra massacres do Khmer Vermelho

Cerca de mil cambojanos foram neste domingo (20), Dia Nacional do Ódio, ao “campo da morte” de Choeung Ek, no subúrbio de Phnom Penh, para lembrar o aniversário oficial do início dos massacres dirigidos pelo regime do Khmer Vermelho.

A cerimônia também contou com a presença de aproximadamente cem monges budistas que rezaram pelos mortos em Choeung Ek, onde se encontra um amontoado de caveiras das vítimas do Khmer Vermelho.


 


Os participantes ofereceram frutas, alimentos, dinheiro e incenso diante desse amontoado em homenagem aos quase dois milhões de pessoas que morreram entre 1975 e 1979 devido a torturas, execuções, crise de fome ou trabalho forçado ordenado pelo grupo maoísta.


 


O Dia Nacional do Ódio foi estabelecido pelo Governo pró-vietnamita da República Popular de Kampuchea em 1984, e é uma data que costuma ser lembrada pelos seguidores do Partido do Povo do Camboja, atualmente no Governo.


 


Também ficou conhecido como Dia Nacional da Lembrança, desde que as últimas tropas do Khmer Vermelho desertaram em favor do Governo no final da década de 1990 e sob o espírito da reconciliação nacional oficial.


 


Este dia marca oficialmente o início dos massacres do Khmer Vermelho depois que o grupo assumiu o poder em abril de 1975.


 


Um processo judicial organizado conjuntamente pelas Nações Unidas e o Governo cambojano, com um orçamento de US$ 56 milhões, está previsto para começar no fim deste ano para julgar os comandantes do Khmer Vermelho que ainda estão vivos.


 


O líder supremo do Khmer Vermelho, Pol Pot, morreu nas selvas cambojanas em 1998, enquanto seu comandante Ta Mok, conhecido como “O Açougueiro”, perdeu a vida no ano passado em um hospital, depois de passar vários anos à espera de julgamento.


 


Fonte: Efe