Expocachaça atrai 180 mil visitantes

A Expocachaça, que este ano comemorou sua décima edição, experimentou um crescimento de 25% nos números de visitantes que estiveram no Expominas, no Bairro Gameleira, na Zona Oeste da capital.

    No ano passado, os stands dos produtores de todo o Estado conseguiram atrair um público estimado de 150 mil pessoas, número que, neste ano, segundo o empresário José Lúcio Mendes, um dos idealizadores do evento, cresceu para 180 mil.


 


    A exposição, que mostrou a atualidade da produção de cachaça em Minas Gerais, foi inaugurada no dia 31 do mês passado e encerrada na noite de ontem.
“No ano passado, a Expocachaça obteve um movimento de R$ 7 milhões, em negócios confirmados durante e após o evento, o que foi muito bom. Mas este ano as expectativas são de que o movimento financeiro da exposição chegue a R$ 10 milhões”, prevê José Lúcio Mendes. Segundo ele, o crescimento financeiro do evento pode ser justificado pelo maior interesse do público em torno da produção e do consumo do produto em Minas Gerais. Este ano, além de apresentar para o público novidades ligadas à produção da bebida, a Expocachaça expôs também a “caipirinha de rapadura”, desconhecida em muitas regiões do Estado, e o stand da Faculdade da Cachaça de Salinas, um dos municípios mais lembrados quando se fala em aguardente de qualidade.


 


    Como nos anos anteriores, um dos destaques da feira ficou por conta do público apreciador da aguardente, como o comerciante Antônio Quirino dos Santos, do interior. Ele argumentou que “o cuidado e o capricho que se têm atualmente na fabricação da cachaça, principalmente a artesanal, estão fazendo com que a qualidade desse produto esteja cada vez melhor”.


 


    Antônio Quirino confessou que “gosta de tomar uma cachacinha como aperitivo e, como comerciante, gosta de servir bons produtos para os fregueses”. Durante a feira, dois temas ligados à produção da aguardente em Minas dominaram os debates entre produtores e empresários do ramo. O principal deles é o aproveitamento de parte da cana (cabeça e cauda) que, se antes não era aproveitada por produtores de várias regiões do Estado, agora está sendo utilizada para a produção do etanol, combustível que pode ser usado em equipamentos e veículos de fazendas. A produção do etanol já provoca grande expectativa entre os produtores de cana e de cachaça por causa de suas boas probabilidades econômicas a médio e longo prazos.


 


    O outro debate que dominou os encontros entre empresários do setor foi a escassez de madeira nobre para a fabricação e substituição de tonéis para armazenamento e envelhecimento da cachaça. Segundo os empresários, os rigores das atuais leis ambientais no país estão dificultando a aquisição. Por isso, eles discutem, com integrantes de comissões comerciais do Chile e do Cabo Verde que visitaram a Expocachaça, novas tecnologias capazes de superar esses entraves, principalmente para a produção do etanol com o chamado “resto da cachaça”.
O empresário Lúcio Mendes lembrou que “a dificuldade para encontrar e comprar madeira nobre, com certificação legal, é um dos grandes gargalos existentes no setor de produção, atualmente”.


 


Fonte; Jornal Hoje em Dia