Estudantes da USP decidem terminar ocupação da Reitoria
Estudantes da USP reunidos em Assembléia na noite desta quinta-feira (21/06) decidiram pelo fim da ocupação do prédio da Reitoria da universidade. Eles aprovaram uma proposta enviada pela direção da universidade formulada com base nas reivindicações fe
Publicado 22/06/2007 09:50 | Editado 04/03/2020 17:19
A negociação com a reitora Suely Vilela foi articulada a partir de um grupo de professores que se colocaram como ''facilitadores'' para o processo de intermediação entre os estudantes e o comando da USP. Os professores Paulo Arantes e Francisco Oliveira FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP); Istevan Jancso, do IEB (Instituto de Estudos Brasileiros); João Adolfo Hansen, e Luis Renato Martins da ECA (Escola de Comunicação e Artes da USP) levaram uma carta da reitora com a reafirmação de concordar com vários itens de reivindicações do movimento.
As Propostas Aceitas pela USP
A proposta cita a construção de 334 moradias, sendo 198 no campus Butantã (zona oeste de São Paulo), 68 em Ribeirão Preto e 68 vagas em São Carlos. Os alunos exigiam quase o dobro: 594 moradias. O documento cita ainda a previsão financeira de R$ 500 mil para reformas nas moradias já existentes.
Em relação às reformas nos prédios da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) e Fofito (Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional), o texto informa que as definições a respeito desse assunto devem ser debatidas em uma reunião.
O texto cita ainda a provisão de café da manhã e alimentação aos domingos, a ampliação do horário de funcionamento dos ônibus internos do campus e a realização de um debate a respeito do prazo de júbilo –período máximo que o aluno tem para concluir as matérias.
O documento dá prazo de 120 dias para que as unidades apresentem a necessidade de docentes e seu plano de metas. O Termo de Compromisso volta a confirmar o que Suely já havia dito em reunião aos alunos: de que uma comissão composta por 16 integrantes –sendo oito professores e oito alunos e/ou servidores– teria 90 dias para avaliar as demais propostas (eram 18 itens no total, que em parte foram suprimidos pelas novas propostas).
Ainda fica em debate acerca do reconhecimento do 5º Congresso da USP que deve propor a reformulação do estatuto da universidade.
Os estudantes reivindicam que nenhuma penalidade seja imposta, já que consideram a ocupação como um ato político. A reitoria não abre mão das investigações de possíveis abusos e danos materiais contra a universidade.
A proposta sobre a autonomia universitária, principal reivindicação, não constava do final do debate. Em acordo anterior, a direção da USP aceitaou colocar o debate no Conselho Universitário, com a possibilidade de rever a posição da universidade quanto aos projetos que tramitam na Assembléia Legislativa, mesmo com as alterações propostas pelo governo estadual.
Os estudantes devem desocupar o prédio até o final da tarde desta sexta-feira (22/06).
Rodrigo de Carvalho, pelo Vermelho-SP, com agências.