Padre católico vende bônus para sede própria do PCdoB
Um padre católico está vendendo bônus da campanha pela sede própria do PCdoB, junto aos seus paroquianos na periferia sudoeste da capital paulista. O tesoureiro do Partido, Vital Nolasco, que foi visitá-lo nesta quarta-feira (27) saiu com um cheque de R$
Publicado 28/06/2007 18:51
O sacerdote, que pediu que não se desse publicidade ao seu nome, já vendeu bônus para 13 paroquianos. Quatro deles foram mais polpudos, um de R$ 250, um de R$ 200 e dois de R$ 100; os outros, mais modestos, às vezes de R$ 10, ou R$ 5. Quando Vital visitou a paróquia, assistiu um senhor aposentado entregando a sua ajuda.
O tesoureiro do PCdoB conhece o religioso dos tempos em que trabalhou na Metal Leve como operário metalúrgico e atuou nos movimentos populares da região do Campo Limpo, também na periferia sudoeste. A ação em conjunta forjou a confiança política, e o padre tornou-se eleitor do deputado comunista Aldo Rebelo. Quando surgiu a campanha pela casa própria do PCdoB, resolveu que devia colaborar, e recolher colaborações.
A Campanha da Sede Própria já fez dois jantares de arrecadação, com convites “salgados”, de R$ 200 a R$ 1.000. O de Brasília teve 360 participantes, e o do Rio de Janeiro mais de 400 pessoas. Só o jantar no Rio arrecadou cerca de R$ 250 mil.
Porém o outro lado da campanha é o trabalho “de formiga”, de militantes e simpatizantes que vendem os bônus para compradores que acham que vale a pena contribuir com o seu tijolo para a sede própria do Partido, que viveu 61 dos seus 85 anos na clandestinidade. As contribuições aí são bem menores, mas em quantidade, e com um sentido político e simbólico que fala por si, como no caso do pároco de São Paulo.