Fazenda e mercado elevam previsão do PIB para 2006

A nova estimativa da SPE se ajusta ao que prevê o Banco Central (BC), conforme expectativa de crescimento econômico divulgada em junho, nesse mesmo patamar. No tocante à inflação, porém, a SPE procurou alinhamento mais próximo ao esperado pelo mercado financeiro. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 3,68%, enquanto a projeção da autoridade monetária ficou cravada em 3,5%, e as instituições financeiras já esperam 3,7%, conforme pesquisa Focus do BC. 

Massa salarial deve crescer 12%

Os números estão no relatório de avaliação fiscal relativo a maio e junho, elaborado pelo Ministério do Planejamento e assinado por George Soares, da Secretaria de Orçamento Federal, e Liscio Camargo, secretário do Tesouro Nacional substituto. 

O relatório aponta ainda para a taxa Selic média de 11,85% em 2007, ante 12,11% da expectativa anterior. O valor nominal do PIB foi mantido em R$ 2,520 trilhões. A massa salarial deve ter expansão real de 12,18% em relação a 2006 e o preço médio do barril de petróleo foi revisado para cima, de US$ 63,59 para US$ 67,56. A meta de economia para o pagamento de juros da dívida, para União, BC e Previdência Social (governo central) foi estabelecida em R$ 53,0 bilhões. 

Previsões de inflação estável

O mercado financeiro manteve estável a projeção para o índice oficial de inflação de 2007. De acordo com o último boletim Focus, a previsão do IPCA permaneceu em 3,70% – a meta para este ano é de 4,5%.

Para 2008, os analistas esperam IPCA de 4,0%, também inferior ao centro da meta, projeção mantida há três semanas. E, para os próximos 12 meses, a mediana das expectativas aponta para IPCA de 3,59%, diante de previsão de 3,53% da semana retrasada. 

Fonte: Valor Econômico; intertítulos do Vermelho