Protestos criticam concessões de rádio e TV
Movimentos sociais, sindicatos e entidades de direitos humanos protestam na próxima sexta-feira (5) em todo o país contra a renovação automática das concessões de rádio e TV. Neste dia, vencem as concessões das principais emissoras de TV do país, entre
Publicado 02/10/2007 14:59 | Editado 04/03/2020 17:12
As entidades exigem o fim da renovação automática das concessões de rádio e TV, que muitas vezes acabam sendo trocadas entre governo e parlamentares por favores políticos. Também exigem maior fiscalização do governo em relação à qualidade de conteúdo da programação.
Bia Barbosa, do Coletivo Intervozes de Comunicação, uma das entidades organizadoras do protesto, defende uma maior participação da população. “É um processo em que a população está completamente afastada dessa discussão, não há nenhum tipo de controle social nesse sentido, a gente não pode participar desse processo, já que a gente deveria, pois concessão de rádio e TV é uma concessão pública, é um espaço que o Estado cede para a empresa explorar aquele serviço”, argumenta.
Bia afirma que os protestos também chamam a atenção para a problemática do monopólio dos meios de comunicação hoje no Brasil. A maior parte dos conglomerados de rádio, TV, jornal e internet do país estão nas mãos de apenas cinco famílias. Além da concentração das informações e da falta de diversidade, essas emissoras acabam sufocando as empresas menores e criminalizando especificamente as rádios comunitárias.
Neste 5 de Outubro vencem as cinco concessões próprias da Rede Globo, da TV Bandeirantes e da TV Record. No Rio Grande do Sul, a data marca o fim da validade das concessões da RBS TV em Porto Alegre e Passo Fundo, da TV Pampa e da TV Bandeirantes.
Além do Intervozes, participam do protesto o Comitê gaúcho do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, CUT, sindicatos e associações de rádios comunitárias, entre outros.
Agência Chasque