Sindicatos enfrentam governo de direita francês
Sem que nenhuma das partes demonstre intenção de recuar em suas posições, na próxima quinta-feira (18) a França viverá o primeiro teste de fogo no confronto entre sindicatos e o governo.
Publicado 16/10/2007 11:08
O presidente Nicolas Sarkozy e o ministro do Trabalho, Xavier Bertrand, insistem na tese de que para “valorizar” o emprego o país precisa “acabar com certos privilégios”.
O governo de direita se refere assim ao regime especial de aposentadorias, que oferece vantagens a trabalhadores que ocupam postos considerados perigosos ou de alto risco.
Ao mesmo tempo, a Central Geral dos Trabalhadores (CGT) foi muito precisa em sua postura. “Negociamos até o permissível, não há compreensão tampouco espírito construtivo no diálogo, por isso vamos à greve”, afirma a CGT.
A central lançou nesta terça-feira (16) 26 avisos convocatórios para uma greve de caráter ilimitada, a partir de quinta-feira, nas cidades de Lion, Marselha e norte de Paris. No plano nacional, a greve tem a duração prevista de 24 horas.
Embora as modalidades do protesto possam mudar, três poderosos sindicatos, o ferroviário da Sociedade Nacional de Estradas de Ferro (SUD Rail) e o Força Operária, poderão mudar o rumo da jornada. Essas organizações conclamam a uma greve de 24 horas, mas que pode ser prorrogável.
A França poderá ficar paralisada com as greves, que devem atingir o transporte ferroviário, o metrô, os ônibus e trens urbanos, e o serviço de bondes e ônibus elétricos.