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Lula entra em campo para garantir CPMF no Senado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou em campo para conseguir que o Senado aprove ainda este ano e sem modificações a  prorrogação da CPMF. Nesta quarta-feira (24), o tema está na pauta de um encontro com cem pesos-pesados do empresariado

O Conselho Político, formado pelos presidentes, líderes e vice-líderes dos 11 partidos aliados e pelos líderes governistas na Câmara e no Senado, devia reunir-se na quinta-feira. Na quinta, porém, o ministro Guido Mantega (Fazenda) se reúne com líderes do PSDB, que liberou sua bancada na votação e se dispõe a negociar a prorrogação da CPMF até 2011, ainda este ano como quer o governo, Já o DEM prega uma oposição intransigente e não agendou conversações com o Planalto.

A reunião com os empresários tem a participação dos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Guido Mantega (Fazenda), Paulo Bernardo (Planejamento) e Miguel Jorge (Desenvolvimento). Os pesos-pesados do capital incluem representantes dos bancos, indústria e serviços, mas não o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), entidade que entrou em campanha contra o imposto do cheque. O governo propôs a reunião por avaliar que os empresários não se opõem especialmente à CPMF, embora reclamem o alívio da carga tributária como um todo.

Os conhecedores do Senado avaliam que o governo conta com pelo menos oito votos além dos 49 necessários para aprovar a prorrogaão. O problema é o calendário apertado, já que a votação tem que ser este ano e sem modificações no texto aprovado na Câmara, para que o imposto do cheque não deixe de vigorar em 2008.

O cronograma definido na terça-feira pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida pelo senador Marco Maciel (DEM-TO) não é favorável ao Planalto. A relatora da proposta, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), apresentará seu relatório, contrário à prorrogação, no dia 30. Começará então uma série de audiências para ouvir empresários e ministros com o objetivo tácito de prolongar as discussões e tornar ainda mais rígido o calendário do governo. O Planalto tem como cenário a votação conclusiva até 20 de dezembro.

Da redação, com agências