Nigéria irá rever contratos com petrolíferas estrangeiras
A Nigéria deverá rever os contratos com as empresas petrolíferas internacionais, tendo em conta que é o maior país africano exportador de petróleo, disse nesta terça-feira Rilwanu Lukman, conselheiro do presidente nigeriano, Umaru Yar'Aduao, para a energi
Publicado 24/10/2007 16:20
A Nigéria permanece um país pobre, apesar de ser o maior produtor africano de cru e sexto da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), devido aos anos de corrupção e à falta de desenvolvimento.
“Para conseguir atingir o objetivo de 40 bilhões de barris da reserva de petróleo e 4 milhões de produção por dia temos que rever a nossa relação com as empresas petrolíferas internacionais”, disse Lukman, que falava em conferência de imprensa na capital nigeriana e não apontou o nome das companhias petrolíferas em causa.
“Temos que olhar para o que está no terreno agora e ver de que maneira podemos melhorar as condições para que o nosso relacionamento passe a ser mais benéfico para ambos os lados”, adiantou o conselheiro.
Contrastes
A Nigéria é o maior produtor africano de petróleo e o quinto fornecedor dos Estados Unidos, mas são poucos os nigerianos que têm acesso a água potável ou à eletricidade.
Esta situação tem gerado conflitos constantes entre as empresas petrolíferas e as comunidades locais, que reclamam uma melhor distribuição dos lucros provenientes do petróleo.
Nos últimos meses, quase uma centena de trabalhadores e técnicos petrolíferos, a maioria estrangeiros, foi seqüestrada por grupos armados, mas todos foram libertados poucos dias depois mediante o pagamento de resgates pelos respectivos empregadores.
Os seqüestros de trabalhadores e os ataques contra as instalações petrolíferas levou a que a cota de 2,6 milhões de barris/dia fosse reduzida a 25% por causa da insegurança no terreno.
Fonte: Agência Lusa