Câmara de Vereadores debate propostas para o transporte coletivo em Salvador

Criação de um índice de qualidade para o transporte público e a coordenação do Ministério Público de um encontro entre empresários de ônibus, poder público e entidades do movimento social foram algumas das propostas que surgiram na sessão especial realiza

O debate contou com a presença de representante do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador (Seteps), Horácio Brasil; da promotora de Justiça, Silvana Almeida; do representante da Secretaria Municipal de Transportes e Infra-estrutura (Setin), Moisés Ataíde; do presidente do Instituto Rômulo Almeida (UFBA), Ihering Alcoforado; da diretora da União dos Estudantes da Bahia (UEB), Aline Moreira, do diretor do Sindicato dos Rodoviários, José Sodré;  do representante da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Haroldo Dias e do vereador Palinha (PTN), vice-presidente da Comissão de Transportes da Câmara Municipal.


 


Na abertura, o vereador Oliveira (PCdoB), autor da iniciativa,  destacou que a temática do transporte público é ampla e relevante para a vida nas cidades. ''Os ônibus transportam 95% da população nas cidades e tem função fundamental no desenvolvimento da sociedade. Por isso, discutir a qualidade do transporte é algo mais amplo do que focar apenas o preço da passagem, que se altera anualmente'', disse o vereador.


 


Para o representante da Setin, a frota é insuficiente e o sistema está ''solto''. ''São apenas 2.500 ônibus atendendo 400 linhas convencionais e 100 linhas complementares. O nosso sistema precisa ser mais integrado'', disse Moisés Ataíde. Já o representante do Instituto Rômulo Almeida, Ihering Alcoforado considera que o elemento fundamental para uma solução eficaz ''passa pelo poder institucional definir políticas e estratégias sistemáticas para o transporte público, e um foco maior no usuário por parte das empresas.''


 


A deficiente infra-estrutura da cidade foi apontada por Horácio Brasil, do Seteps como o fator que ''impede a melhoria na qualidade do serviço, que deve se apoiar no tripé gestão pública eficiente (com planejamento, projetos, fiscalização e controle), boa infra-estrutura e frota bem operada''.


 


Licitação pública


 


Como um dos segmentos que mais usam o sistema, os estudantes também se pronunciaram. ''O pagamento antecipado através da recarga é complicado, além de só existirem três postos na cidade. A chamada integração de linhas (possibilitando pagamento de meia passagem) não funciona direito e os micros ônibus deveriam ser para linhas alternativas e não para substituir os ônibus convencionais'', declarou Aline Moreira, da UEB.


 


Para Silvana Almeida, do Ministério Público, foi a negligência do poder público que, por vinte anos, ''deixou a gestão nas mãos das empresas'', que fez com que a situação chegasse a esse ponto. ''É fundamental a licitação pública para que novas linhas sejam criadas e os interesses da população sejam atendidos.'', disse a promotora.


 


Fonte: Ascom-Gabinete do Vereador Oliveira