Chico Lopes repudia tentativa de alterar lei das centrais
O deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) repudiou nesta quarta-feira (6) as críticas feitas pelo deputado oposicionista Augusto Carvalho (PPS-DF) à aprovação do texto original da regulamentação das centrais sindicais no Senado. Carvalho teve uma emenda sua aprov
Publicado 07/12/2007 17:02
Chico Lopes acha que a emenda do parlamentar oposicionista “é maldosa”. Lopes não entende porque o texto de Carvalho não tratou do patronato, já que a lei é a mesma.
O deputado cearense achou uma contradição a proposta de tornar facultativo somente o imposto dos trabalhadores. Chico acha que já que ele “quer acabar com os impostos sindicais, em tirar a liberdade das centrais de ter renda própria, deveria ter feito valer a proposta para patrão e empregado — e não somente para empregado, afirmando que os sindicatos vão obter R$ 80 milhões com arrecadações”.
O comunista explica que a mensalidade paga pelo trabalhador acontece por respeito às suas lideranças. E acrescenta: “Por que a emenda não propõe, por exemplo, que também na Ordem dos Advogados do Brasil só pague quem quer? Por que não propôs o mesmo para médicos e contadores? Quer liberdade total, por que não teve a coragem de propor a mesma coisa para os conselhos?”. Chico deixou claro que mesmo que fosse proposto, seu posicionamento seria contrário.
O parlamentar do PCdoB também questionou: “Por que ele não mete o dedo na ferida do chamado 4-S? Este, sim, é dinheiro da folha do trabalhador, não é dinheiro da empresa. Entretanto, os 4-S têm direito a grandes serviços e a bons cursos. Achamos até que deve permanecer, mas, por outro lado, devem democratizar a participação do trabalhador naquela entidade”.
Chico foi solidário com todas as centrais sindicais “e particularmente com a CTB [Central dos Trabalhadores do Brasil], uma nova central, que neste mês passa a ter vigência legal em Minas Gerais. Queremos que o trabalhador contribua com o seu sindicato e suas federações, porque é assim que iremos participar dessa contradição trabalho e capital”.
De Brasília
Alberto Marques