Encontro reúne oito pré-candidatos a prefeito
Todos os pré-candidatos já declarados a prefeito de Vilhena compareceram à reunião realizada na noite de quarta-feira, 12, no salão social do Parque de Exposições de Vilhena. Cerca de 400 pessoas prestigiaram o ato político, organizado pelo Partido da
Publicado 14/12/2007 11:13 | Editado 04/03/2020 17:13
Abrindo a programação, o empresário Ilário Bodanese (PDT) falou em nome do deputado Luizinho Goebel (PPS) e do governador Ivo Cassol (PPS). Disse que “Vilhena perderá se não conseguir aglutinar todas as forças políticas em torno de apenas um nome à prefeitura”. Bodanese assegurou que seu grupo político trará 15 dos 24 deputados estaduais à cidade, além do senador Expedito Júnior (PR) e Cassol para apoiar o candidato de oposição. “Isso, é claro, se conseguirmos ter candidato de consenso”, sublinhou.
Logo em seguida, os oito “prefeituráveis” se apresentaram e expuseram seus pontos de vista sobre a política vilhenense. Segue um resumo do que disse cada um dos postulantes ao Palácio dos Parecis.
BAGATOLLI – O primeiro a falar foi o empresário Jaime Bagatolli (PR), que apresentou sua biografia desde 1974, quando chegou a Vilhena como caminhoneiro. Hoje ele é um dos mais prósperos empresários da região; tem postos de gasolina e fazendas. Bagatolli disse que só aceita ser candidato se for um nome de consenso. Ele destacou a “honestidade e a transparência” como seus motes de campanha e se declarou defensor contumaz do agronegócio como “o futuro da economia vilhenense”.
FREITAS – Em seguida, falou Ercival Freitas (DEM) que evocou a necessidade de um comprometimento com a população mais pobre. “Não é preciso dinheiro para ganhar eleição. É preciso credibilidade. O político que ver nos cofres público a oportunidade de melhorar a vida do povo e ser verdadeiro na propagação desta intenção tende a prosperar eleitoralmente”.
NENZÃO – O vereador Arlindo Nenzão (PDT) foi mais veemente no discurso em relação aos que o antecederam. Ele citou supostos atos de corrupção na administração municipal, como “a relação promíscua que existe entre os poderes Legislativo e Executivo”. Disse que a maioria dos colegas na Câmara de Vereadores é constituída de “moleques de recado” do prefeito.
VERA – A advogada Vera Paixão (PSB) também foi bastante inflamada. Disse que participa do processo político no estado desde 1982, embora tenha sido candidata apenas uma vez (a vice-governadora, em 2002). Vera deixou claro que não concorda com “frentões” de oposição ou situação e que pretende disputar a prefeitura tendo ou não ou apoio dos demais. “É preciso ter convicção. Dizer ‘eu sou candidato’ e ir”.
ELIANE – A vereadora Eliane Back (PV) defendeu que haja mais reuniões desta natureza para que os candidatos se conheçam e possam se entender. Ela defende a unidade em torno de um dos nomes apresentados na reunião e que está disposta a apoiá-lo, mesmo que tenha que abrir mão de sua candidatura.
ROVER – O vereador Zé Rover (PP) disse que é necessário que o nome escolhido tenha o apoio financeiro do governador Ivo Cassol (PPS). “Não é fácil custear a campanha para prefeito e do candidatos a vereador”, pontuou. O pré-candidato também falou que entrou na política “por acaso” e não esperava a boa votação obtida em 2004, para vereador, e 2006, para deputado estadual. Por isso, espera, pode surpreender para prefeito.
OLIVAR – Ex-candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo PT, Júlio Olivar (PCdoB) fez um discurso mais “à esquerda”, mas disse que o apoio do governador Ivo Cassol seria bem-vindo. “Ele é governador da situação e da oposição. Mas é notório que temos um vínculo mais sólido com o PT, PSB e PDT”, destacou. Olivar disse, ainda, que “uma aliança política precisa ser edificada sobre idéias e propostas”. Ele falou de agricultura familiar, banco do povo, infra-estrutura e combate à corrupção.
SARTORI – O último pré-candidato a prefeito a discursar foi o ex-senador Chico Sartori (PSDB). Ele contou que há 40 anos “faz política”, tendo sido prefeito no estado do Paraná e senador por Rondônia. “Na história de Vilhena fui eu que obtive o maior número de votos, em 2002, para o Senado. E também sou um dos políticos que mais trouxeram recursos para a cidade”.
De Porto Velho,
Neyson Freire