Perpétua comemora aumento de vigilância nas fronteiras

Como sub-relatora do CPI que investigou o tráfico de armas no Brasil, a deputada comunista lembrou que “naquela ocasião chegamos a conclusão que o Brasil precisava aumentar sua presença nas fronteiras terrestres do nosso país do Uruguai a Guiana Francesa”.

“A Amazônia é nossa. Devemos proteger as fronteiras brasileiras do crime. Pois é das fronteiras que as armas e as drogas chegam as ruas das grandes cidades e alimentam o crime organizado nos morros e nas favelas”, afirmou.

Para Perpétua, é preciso aumentar a vigilância de fronteiras para além das áreas de riscos. “É necessário ocupar todas as rotas e criar uma vigilância permanente. Cada vez que a DPF (Departamento de Polícia Federal) ocupava um determinado lugar, os traficantes buscavam novas rotas para cometer os delitos”, explicou.

Como representante do Estado do Acre, Perpétua disse que com o aumento da vigilância na tríplice fronteira, os criminosos migravam para outras rotas, como a Amazônia.

“O problema sempre preocupou nosso mandato parlamentar que recebia notícias de tráfico de armas e drogas na região de fronteira no Acre”, disse, destacando que as informações chegam ao conhecimento das autoridades do estado via tribos indígenas da região, dada a ausência de policiamento. “As tribos indígenas eram, em várias áreas, o único obstáculo à entrada de drogas e armas em território nacional”, afirmou.

“Ao receber a notícia dos aumentos dos efetivos, vejo que nossa luta não esta sendo em vão. Fico muito satisfeita com o aumento da presença da Polícia Federal na fronteira”, disse Perpétua, rememorando a luta que tem empreendido junto às autoridades federais para ampliar os pelotões de fronteira, a presença do exército e de órgãos do estado. “Temos que povoar esta região. É uma questão de soberania nacional”, alertou.

Para a parlamentar, a luta pelo aumento do efetivo de vigilância nas fronteiras ainda está em ritmo lento, o que pode comprometer as metas de efetivos para 2010 “que já são modestas na nossa opinião”, disse, sugerindo a utilização dos excedentes do último concurso da Polícia Federal.

De olho nas ONGs

Perpétua destacou outra medida importante anunciada pelo Ministério da Justiça de cadastramento das Organizações Não-Governamentais (ONGs) que atuam na Região Amazônica. “O ministro da Justiça, Tarso Genro, determinou o levantamento completo da atuação das ONGs. O objetivo é combater a biopirataria, impedir a exploração ilegal de recursos naturais e reprimir agressões à soberania nacional, problemas que estariam ameaçando a região com a colaboração de ONGs custeadas por interesses estrangeiros e grupos econômicos ou religiosos”, explicou.

 
Para a parlamentar acreana, “devemos investigar a atuação da ONGs internacionais, com muito equilíbrio, separando, com cuidado, o joio do trigo, sempre em defesa dos interesses nacionais.

De Brasília
Márcia Xavier