PT encerra eleição para presidência do partido
O Partido dos Trabalhadores (PT) realizou, neste domingo (16), o segundo turno da eleição interna para a presidência do partido. Estavam na disputa os deputados federais Ricardo Berzoini e Jilmar Tatto. Quem for eleito ficará no cargo por dois anos. A vot
Publicado 16/12/2007 19:17
Segundo a assessoria de comunicação do PT, a primeira parcial da apuração deve ser divulgada às 22h deste domingo. Já o resultado final deve ser divulgado no máximo até quarta-feira (19).
Berzoini votou durante a manhã, em Brasília, acompanhado pelo presidente Lula, e demonstrou confiança na sua reeleição para o cargo. Ele afirmou que o apoio de Lula é favorável, mas que vai esperar o resultado das urnas. “Nós fizemos um bom trabalho. Temos apoio suficiente para vencer. Mas como eu digo, sempre respeito muito as urnas”. Berzoini também recebeu o voto do ministro da Justiça, Tarso Genro, que o considerou 'mais preparado' para assumir o cargo.
Na sede do Diretório Nacional do partido, onde votou, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o ministro da Fazenda teria de convencê-lo da criação de um novo imposto para a saúde ou cortes em programas sociais, em substituição à CPMF. Segundo o Estadão, Guido Mantega teria dito que se criaria um novo imposto para substituir a CPMF. Horas depois Mantega desmentiu o jornal, afirmando que não dissera nada a respeito.
Tatto também votou de manhã, em São Paulo, no colégio Vinícius de Moraes, na zona sul da capital. O deputado se disse bastante animado com a possibilidade de vitória e disse acreditar que os militantes querem a renovação do partido. “É muito ruim para o país ter uma força hegemônica”, disse. Ele afirmou que, se vencer a eleição, o apoio a Lula será fortalecido, mas com independência em relação ao governo.
Em debate realizado na sexta-feira (14) pela Rádio CBN, os dois candidatos à presidência do PT defenderam a reforma política e concordaram que o PT deve lançar candidato próprio na corrida presidencial de 2010.
No debate, Tatto criticou o que chama de “burocratização do partido”. “A próxima direção precisa se debruçar no sentido de mudar a agenda política do Brasil e tentar fazer com que o governo também mude sua agenda política, priorizando propostas do movimento social e não apenas propostas da Câmara e do Senado”. Ele defendeu ainda a “radicalização da democracia interna” do PT.
Berzoini discordou de Tatto, afirmando que o PT tem contato próximo com movimentos sociais dos mais variados e ajudou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a reduzir as desigualdades sociais nos cinco anos de seu governo. Apresentou também uma proposta para aprofundar o debate sobre a ética no partido.
Com informações do G1