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Prisioneiros não serão entregues nesta sexta, diz Cruz Vermelha

A entrega dos três detidos pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), a um grupo de representantes internacionais coordenado pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, não irá ocorrer nesta sexta-feira (28). A operação foi adiada pela delega

''A segunda fase da missão não poderá ser realizada nesta sexta, pois a CICV não realiza operações de noite, por questões de segurança'', afirmou Barbara em uma coletiva para explicar os detalhes da operação. Apenas a primeira fase — o transporte da missão internacional até a cidade de Villavicencio, no centro da Colômbia — pode se concluir ainda hoje.

As aeronaves que o governo venezuelano colocou a serviço da missão estão  à espera dos emblemas da Cruz Vermelha que serão colocados por delegados da entidade — uma exigência feitra pelo presidente colombiano, Alvaro Uribe, para permitir o resgate. Dois helicópteros MI-17 de fabricação russa e três jatos executivos Falcon franceses já se encontram em Santo Domingo, perto da fronteira com a Colômbia, preparadas para partir.

Zona da libertação é mais extensa que o RS

Cerca de cem indígenas especializados na selva da região foram colocados à disposição pela Defesa Civil colombiana para participar nas tarefas para receber os reféns.

A zona onde os detidos devem ser entregues compreende 310 mil km2 — uma área maior que a do estado brasileiro do Rio Grande do Sul —  em cinco departamentos do centro e leste da Colômbia, A região, montanhosa e coberta de florestas, tem poucas estradas e pistas de pouso improvisadas.

As Farc anunciaram no último dia 18 que irão libertar três detidos como um ato de desagravo a Chávez. O presidente venezuelano recentemente foi afastado pelo presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, do papel de mediador entre a a guerrilha e o governo colombiano, na busca por um acordo humanitário de troca de 40 prisioneiros da guerrilha por 500 guerrilheiros presos pelo governo.

Na missão de resgate dos libertos, batizada de ''Operação Transparência'', aviões e helicópteros venezuelanos recolherão Clara Rojas (ex-assessora de campanha da ex-presidenciável colombiana Ingrid Betancourt), seu filho Emmanuel, nascido em cativeiro há três anos, e a ex-congressista Consuelo González.

O governo da Colômbia anunciou que o prazo para o encerramento da operação termina no próximo domingo (30) às 18h59 do horário local (21h59 em Brasília). Uribe concordou com a missão, que tem a participação de representantes do Brasil, França, Argentina, Cuba, Equador e Bolívia, mas há a suspeita de que ele não gostaria que ela terminasse com um sucesso de Chávez, com quem trocou palavras ásperas nas últimas semanas, após uma relação de vizinhança pontilhada por incidentes.

Da redação, com agências