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Nobel de Economia afirma que EUA ocultam custos

O próximo presidente dos Estados Unidos herdará o maior déficit da história por causa da agressão contra o Iraque, afirmou o prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz, que acusa a atual administração de ocultar os custos do conflito, que, segundo ele,

Em suas declarações ao portal digital do diário britânico Guardian, o economista estadunidense disse também que essa é uma avaliação conservadora dos gastos, “visto que o descontrole financeiro do Departamento de Defesa impossibilitou cálculos mais precisos.



Stieglitz calcula que a esses US$ 3 trilhões deverão ser somados outros US$ 500 bilhões nos próximos dois anos.



A ocupação do Iraque agravou a fraqueza do conjunto da economia, e, “para ocultar esta situação, o Federal Reserve e os reguladores (americanos) inundaram a economia de liquidez, dando dinheiro barato” a todos.



Segundo o economista, há uma correlação direta entre a magnitude da crise atual nos mercados financeiros e o custo do conflito iraquiano.



O próximo presidente herdará um país “que vive de dinheiro emprestado”, afirma Stiglitz, segundo o qual há provas de que o Governo de Washington tentou ocultar o custo humano e econômico dessa guerra.



“Tivemos que recorrer à (lei sobre) liberdade de informação para descobrir coisas que não teríamos descoberto de outra maneira”, explica.



De acordo com Stiglitz, o número de soldados feridos é mais que o dobro do reconhecido oficialmente pelo Governo.


 


Dentro de 16 anos, os Estados Unidos terão que enfrentar gastos de US$ 4 bilhões ao ano devido aos militares que ficaram com deficiências físicas, prevê Stiglitz.


 


Segundo o ex-assessor econômico do presidente democrata Bill Clinton, cerca de 40% dos 2 milhões de militares que combateram no Iraque retornam para casa com uma grave doença.