Ideli denuncia `chantagem permanente´ da oposição
A entrega da proposta da reforma tributária no Congresso Nacional pelo governo, na manhã desta quinta-feira (28), passou despercebido pela mídia. O fato irritou a senadora Ideli Salvati (PT-SC), que saiu da audiência dizendo que o Congresso Nacional nã
Publicado 28/02/2008 16:57
Os líderes do governo que acompanharam o ministro de Relações Institucionais, José Múcio, na audiência com o presidente do Congresso Nacional, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), foram cercados pelos jornalistas para explicarem o acordo que resultou na indicação da senadora de oposição, Marisa Serrano (PSDB-MS), para presidente da CPI dos Cartões Corporativos.
Sobre o acordo do PMDB com a oposição, ela acredita que ele foi feito no sentido de que “as coisas andem com mais harmonia”. E criticou o comportamento do senador Artur Virgílio (PSDB-AM), que subiu à tribuna do Senado para anunciar o acordo e que o nome indicado era da senadora Marisa Serrano, e, em seguida dizer que “se a CPI não funcionasse `assim e assado´, do jeito que eles querem, eles vão revitalizar o requerimento da outra CPI”.
Para a senadora petista, o comportamento do senador tucano demonstra uma tentativa de “chantagem permanente”. Ela lembrou que a atitude do tucano fez com que o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) questionasse o acordo, que foi feito para harmonizar, mas que a oposição não estaria disposto a cumpri-lo se continua ameaçando permanentemente com outra CPI – exclusiva no Senado.
Ideli disse que não participou da reunião em que o PMDB decidiu ceder a presidência da CPI para o PSDB – cargo a que teria direito de acordo com o regimento da casa por possuir a maior bancada. Mas ela soube que não foi uma decisão foi simples: “Saiu faisca e a reação do Wellington Salgado demonstra que não foi simples eles terem cedido, foi uma concessão, com condicionantes, e a oposição não quer cumprir”.
A senadora condenou a atitude sistemática da oposição “de querer fazer valer a sua vontade a qualquer preço, a qualquer custo, inclusive na base permanente da chantagem”, finalizou.
Mais importante
Para a senadora Ideli Salvati, que deixou para trás os líderes do governo e do PT Na Câmara, deputados Henrique Fontana (RS) e Maurício Rands (PE) prestando explicações aos jornalistas, “o mais importante é o que fizemos agora, que foi a entrega da proposta da reforma tributária, que vai consolidar o crescimento e a distribuição de renda no nosso país”.
Sobre a CPI, ela disse que “o Congresso Nacional não é delegacia de policia. Tem função e obrigação de fiscalizar, mas nós temos outros instrumentos de fiscalização e punição no país – Ministério Público, Controladoria Geral da União, Polícia Federal -, todos órgãos que estão funcionando, até acima da média do que funcionavam em outros períodos”.
De Brasília
Márcia Xavier