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Michelle, mulher de Obama, na mira dos conservadores

Ninguém pode dizer que Barak Obama seja fraco em inspiração para falar em público. Mas qualquer um que tenha ouvido a sua mulher tem que concluir que ela é ainda melhor. Michelle Obama, 44 anos, tem sido um foguete ao longo da campanha. Passional, eloq

Ela agita, emociona os auditórios e leva-os até às lágrimas quando fala de sua trajetória pessoal, das lutas e triunfos de sua família, dos sonhos para suas crianças – as filhas Malia, nove anos, e Sasha, seis – e tudo mais.



Paradoxalmente, tudo isso pode não ajudar Michelle, ou seu marido, tal como seria o caso em uma campanha presidencial qualquer. A política americana ainda possui uma cultura de profundas divisões e medos, especialmente quanto a raças. A apresentação sem retoques da senhora Obama como produto da rude zona sul de Chicago parece destinada a atiçar detratores pelo menos tanto quanto apaixona seus simpatizantes.



A verdade é que ela já se viu em apuros devido a uma observação descuidada, quando disse que esta campanha fez com que ela se sentisse orgulhosa de seu país pela primeira vez em sua vida adulta. Michelle falava do entusiasmo de se construir um movimento de massas, mas os conservadores trataram de questionar o seu patriotismo – e o do marido. Caso o senador Obama consiga a indicação como candidato presidencial do partido democrata, pode-se esperar muito mais coisas desse tipo até novembro.



Enquanto Barak Obama tem uma habilidade única para cegar a si próprio e aos que o ouvem para a questão da cor, Michelle é explicitamente uma mulher negra dos pés a cabeça. E brilhante, pois conseguir chegar a Princeton e à Faculdade de Direito de Harvard. Ela conheceu o marido em um escritório privado de advocacia, em Chicago, onde os dois trabalharam por um curto período, antes de se dedicarem à administração pública. “Eu sou a mais bela”, costuma brincar, provocando: “E a mais viva também”.