Israel mata 60 palestinos na pior chacina desde 2000
Sessenta palestinos foram mortos em Gaza neste sábado (1º), na mais mortífera operação do esxército de ocupação israelense desde a eclosão da Intifada em 2000. Os ocupantes anunciaram que dois de seus soldados foram mortos e dois feridos.
Publicado 01/03/2008 02:56
Saeb Erekat, um dos principais negociadores palestinos, afirmou que as negociações de paz com a autoridade de ocupação estavam no momento “enterradas sb as casas destruídas em Gaza”. Mahmoud Abbas renovou o seu apelo por uma “proteção internacional ao povo palestino”.
Ambulâncias paradas
Houve 54 mortos, entre eles resistentes mas também mulheres e crianças, e ainda 150 feridos na vasta operação do exército de ocupação no norte da faixa de Gaza, onde os habitantes do campo de Jabaliya ficaram enterrados em suas casas enquanto os imãs das mesquitas recitavam versos do Corão irradiados por altofalantes.
“Não podemos mos mover facilmente, 12 das nossas ambulâncias estão paradas por falta de combustível e as outras precisam combinar antes com o exército israelense”, queixou-se o doutor Mouawiya Hassanein, chefe do serviço de emergência em Gaza.
Dois outros palestinos foram mortos durante o ataque aéreo contra um posto de polícia em Khan Yunés.
Entre as vítimas palestinas, pelo menos 13 são civis: entre eles, quatro adolescentes e sete mulheres; 21 mortos foram identificados como membros de grupos da resistência.
Por sua vez, o exército de ocupação anunciou ter perdido dois soldados, nos violentos combates no norte da faixa de Gaza.
Desde o início da ofensiva das forças de ocupação, na quarta-feira, cerca de 90 palestinos foram mortos. Naquele dia m civil israelense pereceu, vítima de um foguete. No sábado os grupos de resistentes lançaram perto de 50 foguetes contra Israel, que feriram duas crianças e uma mulher na cidade de Ashkelon, no sul, a 10 km da faixa de Gaza, segundo o exército de ocupação.
“O Hamas pagará o seu preço”
“É inconcebível que a reação israelense aos disparos de foguetes palestinos, que nós condenamos, seja também terrível e medonha”, denunciou o presidente Abbas, que pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.
“O Hamas é inteiramente responsável por aquilo que está acontecendo e pagará o seu preço”, disse Ehud Barak. Ele fez saber através de seu porta-voz que Israel “não fixou um limite de tempo para concluir a operação”.
Um regimento inteiro das forças de ocupação, com cerca de 2 mil soldados, operava no sábado dentro da faixa de Gaza, segundo reportou a TV estatal de Israel. Trata-se de soldados de infantaria de uma unidade de elite, apoiados por helicópteros e blindados de assalto, A mesma fonte especificou que eles depararam com uma forte resistência.
Manifestações
Centenas de palestinos se manifestaram na Cisjordânia e nos campos de refugiados do Líbano, denunciando a agressão. Numerosos países árabes condenaram a operação, assim como a França, que repudiou igualmente os disparos de foguetes palestinos. O Canadá deplorou a escalada da violência.
Em Israel, uma centena de moradores de Ashkelon manifestaram sua cólera, gritando slogans anti-earabes e exigindo ataques mais duros a Gaza para deter os foguetes.
As últimas mortes elevam a 6.256 o número de pessoas vitimadas desde 2000, na maioria palestinos, segundo um balanço feito pela AFP.
Fonte http://www.aloufok.net; intertítulos do Vermelho