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Chávez: agora é melhor agir do que falar sobre Betancourt

O presidente da Venezuela Hugo Chávez assegurou nesta sexta-feira (4) que “mudou de tática” na abordagem dos problemas relacionados aos reféns das Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc). No caso da libertação da ex-senadora franco-colombiana e ex-candi

Em uma coletiva de imprensa em Caracas, ao término da reunião com o presidente esloveno Danilo Turk, que exerce a presidência semestral da União Européia (UE), Chávez explicou que prometeu à “mãe de Ingrid e aos familiares dos militares em mãos das Farc que não vai descansar até resolver esse problema”.


 


“Mas não falaremos disso em público, porque preferimos agir, devido às circunstâncias, e nisso teremos a ajuda da Europa”, agregou. O diálogo com as Farc é fundamental para a libertação de Ingrid Betancourt – uma prioridade diplomática de Paris. A simpatia dos membros das Farc por Chávez faz dele a principal esperança das famílias dos reféns.


 


Turk pediu às Farc para dar ouvidos às preocupações da comunidade internacional, pedindo a libertação da dirigente política colombiana. “Trata-se de um problema humanitário, uma questão de vida ou morte. Ela está muito doente e pode ser que não haja mais nada o que se possa fazer”, concluiu.


 


Também na sexta-feira, a senadora colombiana Pidedad Córdoba, afastada das negociações com as Farc em novembro, apresentou uma prova de vida de Óscar Tulio Lizcano, ex-deputado e refém das Farc desde 2000. No vídeo, entregue pela guerrilha e exibido durante uma homenagem a Córdoba, Lizcano diz que, embora a responsabilidade pelo seu seqüestro seja das Farc, é o governo que pode salvar sua vida.


 


O político conservador pede que o presidente Álvaro Uribe descarte um resgate militar e faz um apelo dramático ao governante venezuelano: “Comandante Chávez, como um bom soldado de Bolívar, faça o impossível para sairmos daqui, porque estamos apodrecendo na selva”. As Farc já entregaram a Chávez e Córdoba seis seqüestrados, mas anunciaram que não fariam mais “libertações unilaterais”.


 


Chávez contou ter recusado o pedido do presidente francês Nicolas Sarkozy para entrar em contato com o guerrilheiro Iván Márquez. “Não facilitarei a caça a um homem”, disse Chávez, pedindo o fim das operações militares. O presidente venezuelano também recomendou a Sarkozy que “fale” com o presidente americano, George W. Bush, que “tem muito a ver” com o conflito.