Protesto da oposição obriga congresso mexicano a se deslocar
Um protesto organizado por parlamentares do Partido da Revolução Democrática e deoutras forças progressistas mexicanas contra reformas no setor energético mexicano obrigou o Congresso a se relocar pela primeira vez em quase 20 anos, pois diversos congress
Publicado 17/04/2008 14:57
Os parlamentares protestam contra planos do governo para permitir o envolvimento da iniciativa privada na gigante estatal de energia Pemex. Em virtude da manifestação, os outros congressistas tiveram de se espremer em salas de conferência para realizar reuniões.
Os integrantes do Partido da Ação Nacional, do presidente Felipe Calderon, e do Partido Revolucionário Institucional propuseram realizar um debate de 50 dias sobre os planos, mas os manifestantes querem que o debate dure 120 dias.
A ocupação, que recordou os dias prévios ao dia da posse do presidente, Felipe Calderón, no fim de novembro, marca o início de uma onda de protestos contra uma reforma energética proposta na semana passada pelo presidente.
O Congresso passou por situação semelhante poucas vezes na história do país – a última foi em 1989 quando a câmara baixa teve de ser esvaziada por causa de um incêndio.
Reações
O governo diz que a Pemex precisa do investimento privado para aumentar a produção, mas a oposição diz que a medida pode prejudicar a soberania nacional, pois entendem que as empresas estrangeiras passarão a ter participação nos lucros que o país tem com o petróleo.
A Constituição mexicana estabelece que a indústria petroleira é controlada pelo Estado. Planos de permitir maior envolvimento da iniciativa privada têm provocado reações fortes entre alguns grupos.
A renda do petróleo constitui cerca de 40% do orçamento federal. Em 2006, o México foi o sexto maior produtor de petróleo do mundo.
Da redação, com agências