MST ocupa prefeitura fluminense e reivindica infra-estrutura para assentamentos
Cerca de 100 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam, no dia 18, a prefeitura de Cardoso Moreira, no Norte Fluminense. O movimento faz parte da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária.
Publicado 18/04/2008 18:47 | Editado 04/03/2020 17:05
A coordenadora do MST no estado do Rio de Janeiro, Vanessa de Oliveira Rosa, afirmou que além de enfatizar as atividades do chamado Abril Vermelho, mês em que se intensificam as ações do movimento para lembrar os 12 anos do massacre de Eldorado dos Carajás (PA) e pedir a aceleração da reforma agrária, ''a gente está focando as nossas lutas mais locais''.
Na prefeitura de Cardoso Moreira, os trabalhadores reivindicaram infra-estrutura para os assentamentos agrários. Segundo Vanessa de Oliveira Rosa, foram tratadas questões como educação, saúde e produção. Além disso, os manifestantes pedem a construção de um galpão de comercialização para os produtos agrícolas, cujo projeto, segundo ela, foi acertado há três anos com o Executivo daquele município.
No dia 17, os trabalhadores ligados ao MST ocuparam a agência da Caixa Econômica Federal em Campos, também no Norte do estado, e interditaram a rodovia federal Presidente Dutra, na altura do município de Barra do Piraí, ao sul do Rio de Janeiro. Na Caixa Econômica, o movimento cobrou o aumento dos créditos rurais.
O MST estadual vai examinar a possibilidade de novas manifestações na próxima semana, ''dentro do nosso planejamento e das nossas condições financeiras'', frisou Vanessa. Por enquanto, ela disse que ainda não há nada previsto. A coordenadora do MST estima que cerca de 450 pessoas tenham participado das três ocupações realizadas até agora no estado.