Carrion defende prorrogação de CPI do Detran e convocação de secretário

A pauta dos encontros entre membros do governo Yeda e o suposto lobista Lair Ferst, ex-coordenador da campanha ao governo do PSDB, seria a cobrança de uma dívida, ou em outras palavras, chantagem.

Está é a opinião do deputado comunista Raul Carrion. Ferst foi flagrado tomando um chope com o ex-secretário de Planejamento, Ariosto Culou, na última semana. O happy hour acabou com a demissão de Culau.


 


Carrion participou do programa Manhã Bandeirantes, apresentado por Darci Filho, nesta segunda-feira (28). Participaram também os parlamentares Zilá Breintenbach, Adilson Troca e Elvino Bohn Gass.


 


Para o parlamentar do PCdoB, é um contra-senso dos deputados da base aliada ao governo acusar a CPI de ser política. “Qual a função de uma CPI se não for a de buscar as responsabilidades políticas de supostas irregularidades?”, questionou. O parlamentar lembrou que é preciso apurar os motivos que levaram a governadora Yeda a rechaçar as indicações do ex-secretário de Segurança Enio Bacci para a direção do Detran, e de retirar o órgão da responsabilidade da pasta da Segurança.


 


“Não é mais possível aceitar a idéia de que não houve responsabilidade da governadora no episódio”.


 


Carrion afirmou ser favorável à convocação do secretário Delson Martini, já que foram comprovadas as suas relações com Lair Ferst e Antonio Dorneu Maciel, indiciados pela fraude do Detran. “Martini pode esclarecer muita coisa. Seria o maior interessado em participar da CPI e levar os elementos que tem na mão”, afirmou.


 


Prorrogação da CPI
A CPI precisa ser prorrogada, segundo Carrion. “Não é possível que, com as questões novas que estão surgindo, a CPI seja encerrada”, disse. O parlamentou confessou-se espantado com a opinião do relator da CPI, deputado Adilson Troca, que é contra a prorrogação dos trabalhos.


 


Isabela Soares