Após seis anos de unidade, eleição dos metalúrgicos do Rio tem duas chapas
Começou nesta segunda-feira (28), a votação para eleger a próxima direção do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio. Pela primeira vez, depois de seis anos, a disputa pela diretoria da instituição, no período 2008/2011, será feita com a participação de duas
Publicado 28/04/2008 18:09 | Editado 04/03/2020 17:05
A Chapa 1 é composta por Metalúrgicos Classistas da CSC (Corrente Sindical Classista), OP (Opção Popular) e APS (Ação Popular Socialista), e tem como cabeça de chapa, o metalúrgico Alex Santos, funcionário da empresa Forjas Brasileiras, em Nova Iguaçu. A Chapa 2 é composta por nomes da Articulação Sindical e do Movimento Luta de Classes e é encabeçada pelo metalúrgico Luiz Cláudio, funcionário do Estaleiro Eisa.
Segundo Alex, a chapa 1, ao contrário da concorrente, procurou fazer uma campanha em cima de propostas, mostrando também o histórico de luta da entidade nos últimos anos. “Faremos uma direção de continuidade, mas também com renovação para revigorar a entidade. Nosso objetivo é aprovar a redução da jornada de trabalho, sem redução de salário, a volta da aposentadoria por insalubridade para os metalúrgicos e igualdade salarial entre homens e mulheres”, diz Alex.
O camarada denunciou que a chapa 2 tem feito uma campanha sem propostas, apenas com ataques contra a atual direção do Sindicato. Alex informa ainda que membros da chapa adversária agrediram um metalúrgico que distribuía o jornal de campanha da chapa 1.
Após dois mandatos à frente do Sindicato, Maurício Ramos, deixará a presidência da entidade. Maurício foi eleito pela primeira vez em 2002, quando foi indicado e aprovado pela categoria numa grande assembléia, em um processo eleitoral onde todas as forças políticas se uniram e lançaram uma chapa única. Em 2005, Maurício foi reeleito, mais uma vez em chapa única.
Segundo Maurício, a principal luta dos metalúrgicos nesses dois mandatos foi a recuperação dos postos de serviço, junto com a recuperação do setor naval, e o embate pelo desenvolvimento do país e a valorização do trabalho.
As urnas estarão na Sede do Sindicato e em todas as subsedes, até a quarta-feira (30). Além disso, urnas itinerantes estarão percorrendo as empresas. A apuração deve começar logo após o encerramento do pleito, assim que todas as urnas cheguem na sede do Sindicato. A expectativa da Comissão Eleitoral é de que ela dure aproximadamente umas cinco horas.