20 ou 30 anos, o tempo de sobrevida do jornal impresso
Qual o tempo de vida de um meio de comunicação? Os clássicos jornais impressos têm 200 anos de história e — como a velhice um dia perturba — experimentam, aos poucos, a decadência frente outras mídias. Em sua maioria, as novas gerações pouco os procuram,
Publicado 28/04/2008 20:06
Jovens preferem provar o virtual e eletrônico frente à tinta no papel — panorama que contribui para a queda mundial na circulação dos periódicos, há anos. Sendo assim, quanto tempo os jornais ainda têm de vida?
Embora a pergunta seja enigmática, há quem arrisque. E o palpite vem de quem escreve para o próprio meio: “O jornal impresso ainda tem uma sobrevida de 20 ou 30 anos”, diz jornalista Ethevaldo Siqueira, de O Estado de S. Paulo.
A conclusão não foi ao acaso. Deu-se em conversa com outros jornalistas experientes e especializados em informação na era digital, durante o NAB Show, em Las Vegas. O motivo, segundo aponta o texto, é a incapacidade do jornal em competir com a rapidez do rádio, TV e internet. Tornaria-se redundante, portanto.
Segundo escreve Ethevaldo, o grupo imagina ser possível que, em 2015, boa parte dos jornais já tenha migrado para a internet. Até 2030, a expectativa é que o impresso mude seu papel na mídia, antes de desaparecer.
Não será necessariamente um meio de massa, mas poderá ser consumido por segmentos especializados. Apesar do contexto, o jornalista lembra que a internet não será responsável pela morte do jornal, “embora deva impor-lhe reformulações profundas”.
O jornal em 2020
As mudanças apontadas tomam por base o espelho da Web. A principal delas é passar de produto físico a virtual, de acordo com o jornalista. Até a publicidade foi listada. A previsão é de que os anúncios saiam da tradicionalidade e assemelhem-se mais com os modelos de pagamento sob visualização dos leitores, ou seja, links patrocinados.
Mobilidade e colaboração entre leitor e jornalistas, ao estilo Wikipedia, também foram listados. Do ponto de vista do conteúdo, a dica é evoluir do foco predominantemente noticioso e partir para análises mais complexas.
Fonte: Adnews