Temer desautoriza Quércia e diz que PMDB terá candidato em 2010
O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (PMDB-SP), avalia que é cedo para falar sobre qual candidato o partido poderá apoiar em 2010. Uma semana após seu colega Orestes Quércia (PMDB) pregar apoio ao governador José Serra (PSDB), Temer diz que a te
Publicado 28/04/2008 21:36
Mesmo no campo das “especulações”, afirma ele, seria cedo para falar no tema. Para o parlamentar, a aliança PMDB-DEM em São Paulo não foi um recado sobre a insatisfação de Quércia com a coalizão.
“Nós não interferimos nos diretórios locais e os diretórios locais não interferem nas decisões nacionais”, explica. “Se é Serra, Aécio, Dilma, o futuro é que vai dizer”, resume.
Segundo Temer, a presença do PMDB na base não quer dizer que vá apoiar o candidato do Lula em 2010. “E a maior possibilidade é o PMDB ter candidato. O ideal é que a base tenha uma única candidatura”, diz.
Na sua avaliação o PMDB, como maior partido, tem direito a candidatura própria e, hoje, ninguém governa sem a legenda. “Sem o PMDB hoje ninguém governa. Mas, na última eleição, o PMDB só não lançou candidato por causa dos governadores. Se lançasse, ficava impedido qualquer tipo de aliança. Agora, o PMDB local faz a aliança que quiser.”
Perguntado se o plano pessoal de Quércia se sobrepôs à aliança com Lula, Temer respondeu que “há cerca de quatro, cinco meses, o presidente sugeriu que fizéssemos uma reunião dos presidentes de partidos da base para discutir eleição. A conclusão foi que seria impossível ter alianças só com a base. E que haveria partidos da base que fariam alianças com a oposição. As realidades locais é que determinam as alianças”.
Temer também destacou a necessidade de se fazer uma reforma política no ano que vem. “Tenho proposto o mandato único, eu até gostaria de seis anos. Segundo, que as eleições fossem unificadas”, defendeu.
Garibaldi: sem nomes fortes
O presidente do Senado, Garibaldi Alves (RN), outra importante liderança do PMDB nacional, também opinou sobre a disputa de 2010. Segundo ele, o seu partido não tem nomes fortes para disputar a Presidência da República. “Tem que ser realista. Nos quadros atuais, o PMDB não tem candidato forte a Presidência”.
Para Garibaldi, o partido tem bons nomes, mas não fortes para vencer uma eleição presidencial. “Temos bons nomes. Mas bons nomes não ganham eleição”, disse o presidente do Senado, sem citar quais seriam estes nomes. O governador do Paraná, Roberto Requião, e o do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, seriam duas lideranças do PMDB com condições de disputar a Presidência em 2010.
Mas há uma ala do PMDB que flerta com o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), pré-candidato à Presidência. O objetivo do grupo é trazer Aécio para o PMDB, onde o mineiro teria a chance de disputar a Presidência.
Da redação,
com agências