Marinho se despede do governo e pede voto de Lula
O ex-ministro da Previdência Social Luiz Marinho se reuniu nesta quarta-feira (4) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para se despedir e disse que pretende ter ajuda dele para se eleger prefeito de São Bernardo do Campo. Ele disse ainda que se perd
Publicado 04/06/2008 21:08
“Estou deixando o ministério, mas não necessariamente deixando o governo, onde estamos comprometidos com resultado, de forma que foi uma despedida formal do presidente Lula. Mas, certamente ele, como eleitor da cidade de São Bernardo do Campo, poderá exercer o direito de voto como cidadão e poderá me ajudar muito nessa empreitada que vou enfrentar”, comentou.
Marinho e Marta Suplicy pediram exoneração nesta terça-feira (3) dos ministérios do Previdência Social e do Turismo, respectivamente, para disputar as eleições de outubro. Marta pretende concorrer à Prefeitura de São Paulo. Na próxima segunda-feira (9) Lula vai se reunir com ministros para definir critérios de apoio a candidatos.
Brincando, Marinho disse que espera pelo menos umas duas visitas do presidente à cidade para ajudá-lo na campanha. “Umas duas visitas já está de bom tamanho”, disse.
Marinho disse que seu substituto interino na Previdência será o secretário-executivo da pasta, Carlos Eduardo Gabas. Gabas e o deputado José Pimentel (PT-CE), que foi relator do Orçamento no Congresso Nacional, são apontados como cotados para assumir o ministério.
O ex-ministro comentou ainda que está confiante na vitória em São Bernardo do Campo e que a escolha do vice em sua chapa dependerá do caminho que o PSB tomar. “Eu enviei uma carta ao presidente do PSB, o governador Eduardo Campos, dizendo que se o PSB aderir à nossa campanha poderá indicar o vice”, comentou.
Paulinho
Sindicalista como o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical, o ex-ministro evitou dar apoio irrestrito ao colega. Questionado sobre a validade do argumento de Paulinho de que os líderes sindicais são perseguidos por defender os trabalhadores, Marinho concordou que há “preconceito” contra sindicalistas.
“Se não houvesse essa situação do Paulinho, eu diria que tem preconceito contra líderes sindicais. Mas não quero misturar as coisas. Há uma investigação em curso sobre desvio no BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] que tem que ser apurado e punidos os envolvidos”, salientou.