Lula recebe parentes de jovens do Morro da Providência assassinados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, no dia 23, os parentes dos três jovens do Morro da Providência, no centro da cidade do Rio de Janeiro, assassinados por traficantes. O encontro ocorreu no Palácio Guanabara, sede do governo do estado, e d

O ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência, Paulo Vannuchi, também acompanhou a audiência.



Na semana passada, o presidente Lula determinou que se estudasse uma forma de indenizar as famílias dos jovens assassinados. O presidente esteve no Rio para lançar a campanha da candidatura da capital à sede das Olimpíadas de 2016.



Os rapazes mortos foram abordados por militares do Exército no morro onde viviam e depois foram entregues a traficantes do Morro da Mineira, comandado por uma facção inimiga. Seus corpos foram encontrados em um lixão em Gramacho, na Baixada Fluminense



Defensoria ameaça ir à Justiça



O defensor público da União, André Ordacgy, afirmou que se o Exército continuar ocupando o alto do Morro da Providência depois do dia 26 de junho, vai entrar com uma nova ação na Justiça, pedindo a punição da força armada.



Segundo ele, os militares têm até o dia 26 para cumprir a decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, do Rio de Janeiro, que garantiu a permanência das tropas apenas na Rua Barão da Gamboa, na parte baixa da favela, onde está o canteiro de obras do projeto Cimento Social.



No dia 18, a juíza da 18ª Vara Federal do Rio de Janeiro, Regina Coeli, determinou, a pedido de André Ordacgy, a retirada imediata do Exército do Morro da Providência. Mas o TRF suspendeu, por uma semana, a decisão da juíza, estabelecendo que, até lá, o Exército terá que realocar toda sua tropa para a Rua Barão da Gamboa.



No dia 22, cerca de 60 militares continuavam ocupando diversas áreas da favela, inclusive o alto do morro, local distante da Rua Barão da Gamboa. Segundo o coronel Silva Junior, responsável pelas operações militares neste final de semana, o Exército entende que, para garantir a segurança do canteiro de obras, na parte baixa, é preciso ocupar a parte alta.