Congresso de Jornalistas do Ceará supera expectativas do Sindicato

Totalizando 309 inscritos, sendo 137 estudantes de todos os sete cursos de Jornalismo/Comunicação Social do Estado, o evento foi encerrado no último domingo com a plenária final, que elegeu os cinco delegados jornalistas e um observador estudante que representarão o Ceará no XXXIII Congresso Nacional dos Jornalistas, em São Paulo, de 20 a 24 de agosto.

“O Congresso bombou!”. Essa era a frase mais repetida pelos organizadores e participantes do VII Conjec, realizado nos dias 27, 28 e 29 de junho, no auditório do Imparh. Mais de 300 pessoas, entre profissionais de redação, assessoria, professores e estudantes de Jornalismo se inscreveram no evento, que marcou as comemorações dos 55 anos do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) e o centenário da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

Plenária

Na plenária final, foram eleitas delegadas para o XXXIII Congresso Nacional dos Jornalistas Cristiane Bonfim (17 votos), secretária-geral do Sindjorce; Déborah Lima, presidente da entidade, e Angela Marinho, coordenadora do Departamento de Assessores de Imprensa (ambas com 16 votos); Adriana Santiago, diretora do Departamento de Eventos da Fenaj, e Fátima Medina, diretora de Ação Sindical do Sindjorce (ambas com 15 votos). Com seis votos, o jornalista Daniel Fonseca ficou na 1º suplência da delegação.

Disputa acirrada entre estudantes

Numa disputa concorrida, o estudante de Jornalismo das Faculdades Cearenses (FAC) Sidard Duarte foi eleito com 26 votos, apenas três votos de diferença da segunda colocada Janaina Almeida, aluna da Faculdade Integrada do Ceará (FIC), que ficou na primeira suplência, seguida por Marcelo Domingos, da Faculdade do Nordeste, e Isabel Gomes, aluna da FAC. O curso de Jornalismo da FAC foi o que enviou a maior delegação de estudantes ao VII Congresso Estadual dos Jornalistas.

Estudantes de Jornalismo também votaram

Delegados do VII Congresso dos Jornalistas no Estado do Ceará deliberaram sobre as teses que serão inscritas pelo Sindjorce no XXXIII Congresso Nacional dos Jornalistas, que acontece de 20 a 24 de agosto, em São Paulo. A plenária também deliberou sobre ações locais do sindicato. Confira o resumo das propostas.

1. estipular em seis meses o tempo máximo para a duração do estágio como forma de possibilitar maior rotatividade dos estagiários de Jornalismo nas empresas e instituições de Comunicação e Assessoria de Imprensa, assegurando oportunidade de acesso a um número maior de estudantes;

2. cursos de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, deverão enviar, a cada seis meses, relatório contendo o número de estudantes em estágio, nome, semestre e empresas nas quais estão estagiando para o sindicato dos respectivos estados, que deverão, por sua vez, encaminhar os relatórios para o Departamento de Educação e Aperfeiçoamento Profissional da Federação Nacional dos Jornalistas – Fenaj, que ficará com o cadastro e controle dos estágios em todo o território nacional;

3. Fenaj e os sindicatos devem acompanhar as atividades do Congresso Nacional para fazer frente às possíveis tentativas de derrubar o veto presidencial à Emenda 3, bem como qualquer proposta apresentada como alternativa para substituí-la;

4. atualizar a cartilha da “Campanha Nacional em Defesa do Mercado de Trabalho dos Jornalistas – Contra a Precarização das Relações de Trabalho”, editada em 2004, com o comprometimento de todos os sindicatos de realizarem novos e detalhados levantamentos sobre o tema. Os sindicatos devem reproduzir e garantir a distribuição desse material nas redações, nas faculdades e nos demais locais de trabalho;

5. incentivar o uso de canais de comunicação (e-mails e telefones, entre outros suportes) para que os jornalistas municiem de informações as entidades representativas para que estas possam solicitar fiscalizações das Superintendências Regionais do Trabalho – SRT’s ou entrar com representações no Ministério Público do Trabalho, já que poucos profissionais se dispõem a acionar a Justiça;

6. exigir que o Ministério do Trabalho coloque em prática o grupo de trabalho que discute a atualização da regulamentação da profissão de Jornalista;

7. denunciar à Superintendência Regional do Trabalho e ao Ministério Público do Trabalho os novos casos de desvio de enquadramento dos jornalistas em empresas de Rádio e Televisão, bem como exigir a agilização das ações já existentes, além de manter o estado de alerta em relação aos direitos dos jornalistas regulamentados pela legislação;

8. seguir acompanhando a tramitação dos processos que ameaçam a categoria, especialmente do substitutivo ao Projeto de Lei 1337, do deputado federal Beto Mansur (PP/ SP), que propõe a extinção das funções de jornalistas em empresas de Radio e TV;

9. pedir apoio, através dos sindicatos, às respectivas bancadas federais, com vistas à atualização da regulamentação da profissão de jornalista;

10. reforçar a luta dos jornalistas brasileiros pelo respeito aos direitos autorais das obras jornalísticas, cotidianamente aviltados pelas empresas de Comunicação. Assim, o Sindjorce comprometeu-se a aprofundar as discussões com a categoria sobre a obediência à Lei do Direito Autoral, que vem sendo debatida pelo Fórum Nacional do Direito Autoral com a presença do Governo e entidades que congregam autores no Brasil, a exemplo da Associação Brasileira para a Proteção da Propriedade Intelectual do Jornalista – APIJOR;

11. sensibilizar e conscientizar os jornalistas brasileiros quanto à garantia de proteção aos seus direitos como autores de textos, imagens, vídeos, projetos gráficos, ilustrações, dentre outros conteúdos jornalísticos.

Fonte: Sindjorce