Energia: Pecém e Itataia colocarão Ceará em destaque

O governador Cid Gomes anunciou nesta quinta-feira (03/07) durante coletiva no Palácio Iracema que a Usina de Itataia será responsável pela produção de 10% do total de fosfato produzido no Brasil.

Além disso, o governador enfatizou que a exploração de urânio na usina gerará grande parte da energia necessária para o País. “O Ceará será um grande produtor de fosfato, além de passar a ter uma grande participação no desafio mundial, pois produzirá mais alimentos e energia. O Urânio que sairá daqui permitirá que a geração de energia equivalente a meia Itaipu”, destacou. Participaram ainda da coletiva o presidente das Indústrias Nucleares Brasileiras (INB), Alfredo Tranjan, representantes da Galvani (empresa responsável pela exploração dos minérios) e o prefeito de Santa Quitéria, Tomás Figueiredo.


 


Alfredo Tranjan destacou que a Usina de Itataia começou a ter sua exploração pensada em 1975, quando foi descoberta a existência de fosfato e urânio, mas só agora com o envolvimento do governador Cid Gomes e do prefeito Tomás Figueiredo, a obra será iniciada. “Para a INB, esse projeto é um divisor de águas. É um grande investimento para o Brasil. O significado do empreendimento no setor nuclear é muito importante, pois terá a quantidade necessária de energia para o País crescer”, disse.


 


O representante da Galvani, Luiz Bonagura, destacou que é um sonho antigo da Galvani fazer com que essa iniciativa dê certo. “É uma grande realização para a Galvani poder trabalhar com a INB e o Estado do Ceará. Quero fazer com que esse sonho seja realizado com a implementação do projeto o mais rápido possível, pois trará crescimento não só para o Estado, mas para o Brasil”, afirmou.


 


O empreendimento, avaliado em US$ 375 milhões, está localizado no município de Santa Quitéria, na Região do Sertão Central, e a previsão é que entre em produção em 2012..A usina gerará três mil empregos diretos e indiretos devido à implantação de atividades básicas e de apoio que se instalarão na região. A produção de fosfato será de 240 mil toneladas anuais e será utilizado para fertilizantes, onde o Brasil importa 90% do total consumido. Já o urânio, com produção estimada em 1.600 toneladas anuais, será utilizado pela usina nuclear Angra3.


 


Termelétrica do Pecém vai gerar 720 megawatts 


 


Suprir em mais de 50% o consumo de energia do Ceará é o grande benefício conquistado com a instalação da Usina Termelétrica do Pecém (UTE), que teve suas obras iniciadas nesta sexta-feira (04/07). Estiveram presentes ao ato o governador Cid Gomes, o diretor-presidente da MPX, Eduardo Karrer, e o vice-presidente de geração do Grupo Energias do Brasil, Luíz Otávio, sócios no empreendimento. A Termelétrica receberá US$ 1,2 bilhão em investimentos.



Quando iniciar as operações, em 2011, a Usina terá uma capacidade instalada de 720 mw e contribuirá com uma energia assegurada de 615 mw médios. O Governo do Estado já concedeu a licença de instalação e deve, nos próximos dias, conceder a licença de funcionamento. “Nenhum dano ambiental será causado ao povo de São Gonçalo”, assegurou o governador que afirmou também que terá encontros com representantes das universidades e centros de pesquisa para que o Estado capacite profissionais para que a mão-de-obra do empreendimento seja local.



O governador explicou ainda como será realizado o descarregamento do carvão, que virá da Colômbia: “Possivelmente uma sonda será colocada no porão do navio, num processo de sucção que passará por uma esteira e será descarregado num pátio fechado da Usina”, disse. Sobre a UTE, Cid acrescentou que teve o cuidado conhecer uma usina semelhante em Sines, em Portugal, com a mesma potência e movida à carvão. “Todos sabem o rigor que a União Européia trata questões ambientais e essa é uma forma que eu busco para expressar a minha sensação. Seria possível lamber o chão”, brincou.


 


Segundo o presidente da MPX, Eduardo Karrer, o carvão importado representa diferenças significantes na questão ambiental, tem baixo teor de enxofre e cinzas. “ Temos absoluta tranqüilidade que essas questões ambientais fazem parte do processo democrático. Temos todos os estudos e cumprimos todas as normas brasileiras e internacionais”, finalizou.


 


Cid ressaltou ainda do esforço do Governo em gerar energia para garantir o desenvolvimento do Estado e do País ao citar que em breve a Usina de Itataia produzirá fosfato e urânio e a instalação de um parque de energia solar em Tauá. Atualmente, para mover a economia e o dia-a-dia da população, o Ceará precisa de aproximadamente 1.250 mw. “Essa usina nos dá segurança para trazermos empreendimentos estruturantes, como é caso da siderúrgica”, afirmou Cid.


 


 


Fonte: www.ceara.gov.br