Ortega propõe revisão integral de TLC com EUA

O presidente de Nicarágua, Daniel Ortega, propôs nesta quarta-feira (15) uma revisão integral do Tratado de Livre Comércio (TLC) com Estados Unidos, do que seu país faz parte junto a outras nações centro-americanas.

Ao apresentar ontem à noite o Programa de Desenvolvimento Humano de seu governo diante de membros do Conselho Econômico Social (CONPES), o mandatário considerou necessário esse passo para benefício dos trabalhadores norte-americanos e nicaragüenses.


 


“Tem que ser uma revisão integral tendo em conta as assimetrias entre os países”, disse. “Se isto não for feito, alertou, a invasão de centro-americanos para as fronteiras estadunidenses será incontrolável”.


 


Em suas avaliações do Plano, o presidente nicaragüense chamou a que Washington apóie em recursos “para desenvolver nossa base produtiva”.


 


Estamos conseguindo um avanço muito importante dentro da ALBA (Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América) e com financiamento a economia nicaragüense terá um maior desenvolvimento.


 


Com um maior progresso se eliminará a pobreza e terá mais empregos e se fortalecerá a gratuidade da medicina e da educação, expôs Ortega aos integrantes do CONPES.


 


Indicou que não têm os recursos para satisfazer as necessidades da população que se vai beneficiar e a solicitar os serviços da gratuidade da saúde, entre outros programas contemplados na iniciativa.


 


Quiséssemos contar com os recursos para saúde e educação de qualidade, a que agora, destacou, é muito superior desde janeiro de 2007, depois de 16 anos de governos liberais mas está longe do ideal que demanda o povo, precisou.


 


Ortega afirmou que a Nicarágua é uma potência para a segurança alimentar, mas são precisos mais investimentos.


 


Vamos gestar a cooperação internacional sem condições para este programa, ainda que Nicarágua não possa subordinar seus interesses ao investimento estrangeiro.


 


Cuba nunca pôs condições para nos prestar sua colaboração e que nossos jovens estudem medicina nesse país e igual ocorre com Venezuela. É uma cooperação incondicional, disse.


 


Lamentou que existe governos que trazem a seus embaixadores e comissionados a impor regras para dar ajuda.


 


Propôs que os nicaragüenses têm um duplo desafio na política internacional frente a Washington, unidos os centro-americanos e nicaragüenses, para conseguir renegociar o TLC e que se tomem em conta as diferenças, igualmente com a Europa.