Governo e oposição fecham acordo e aprovam ajuda aos bancos
Governo e oposição fecharam acordo e votaram na noite desta terça-feira (28) a Medida Provisória (MP) que permite ao Banco Central socorrer pequenos e médios bancos. A matéria agora vai para votação no Senado. Com a aprovação, o Banco Central poderá ac
Publicado 29/10/2008 12:33
Os líderes partidários da base aliada e da oposição reuniram-se durante duas horas, nesta terça, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para discutirem a MP. Eles também queriam saber detalhes sobre a outra MP que prevê a possibilidade de o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal (CEF) poderem comprar pequenas instituições financeiras. Essa MP deverá ser votada na quarta-feira (5) da próxima semana pela Câmara.
A reunião com o ministro contribuiu muito para que a gente pudesse aprovar a MP de socorro aos bancos, disse o líder do PT, deputado Maurício Rands (PT-PE), para quem os esclarecimentos do ministro Mantega sobre as duas medidas provisórias, editadas como forma de enfrentar a crise econômica mundial, foram bem recebidos pelos líderes da base e da oposição.
Votação ameaçada
Nesta quarta-feira (29), de bastante movimento na Câmara, a votação deve ser da criação do Fundo Soberano. O assunto é polêmico e a oposição prometeu obstruir a sua votação. “Não podemos constituir, nesse momento, um fundo para investir lá fora, enquanto nós precisamos de recursos para investir, aqui, no Brasil”, afirmou o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto.
O líder do PT na Câmara, admite que a matéria do Fundo Soberano tem mais controvérsias que a medida provisória aprovada na noite de ontem (que facilita o socorro a pequenos bancos). Ele defende a MP, lembrando que “esta é uma ferramenta a mais no combate à crise mundial”.
Rands explicou que o governo tem pressa em criar o FSB ainda neste ano, para assegurar que o excesso de superávit primário esperado em 2008, no montante de R$14 bilhões, seja considerado como uma despesa com a constituição de uma reserva fora da contabilidade do setor público. “Nós precisamos colocar esses recursos no fundo para usar de modo estratégico, quando a economia tiver menos atividades”.
De Brasília
Márcia Xavier
Com Agência Câmara