Cariocas desaprovam empresas de ônibus

Nesta segunda-feira (3), O Globo publicou uma pesquisa feita, em setembro, pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) sobre o transporte público na cidade do Rio. As vans obtiveram índices melhores do que metrô, barca, trens e ônibus. Mesmo ass

A nota média para os serviços oferecidos foi de 5,3, em uma escala de 0 a 10. As vans ficaram com nota 6,5. O serviço, apesar de muitas vezes oferecido irregularmente, caiu no gosto da população por sua rapidez, conforto e comodidade. Ao contrário de ônibus, trem e metrô que circulam lotados e sem conforto. Ao todo foram 823 entrevistados. Para eles, o mais importante no transporte público é a rapidez (30%), para 21% é o conforto, 14% segurança e 10% disseram que é a comodidade.



Sobre o grau de satisfação, aparece em segundo lugar o metrô com 6,2. As composições, que circulam apenas na cidade do Rio, são todas com ar-condicionado e os horários costumam ser regulares, porém a superlotação em horário de pico é diário – com sérias dificuldades para embarcar – e o sistema encontra-se degradado. A passagem é uma das mais caras da América Latina por extensão.



Em seguida, aparecem as barcas com nota 5,3. O sistema também enfrenta superlotação. Há ainda atrasos nos horários e, por várias vezes, já ocorreram acidentes. Logo em seguida vem o trem com 5,2, onde poucas composições possuem ar-condicionado e o excesso de pessoas, acidentes e os atrasos há muito tempo são constantes.



Em último lugar aparecem os ônibus, com 5,0. Passageiros reclamam da superlotação e demora. Alguns bairros, como o Centro do Rio, concentram um maior número de linhas, causando engarrafamentos. Já em locais mais distantes faltam ônibus. A Ouvidoria da Secretaria Municipal de Transporte recebe cerca de 40 reclamações diárias contra os ônibus, a maioria por não parar nos pontos. O desrespeito com idosos e estudantes de escolas públicas é corriqueiro.



Ao contrário dos ônibus, que sempre correram com concessões públicas, trem, barca e metrô foram serviços privatizados na década de 1990, durante o governo Marcelo Alencar (PSDB). De lá pra cá, a qualidade teve poucas melhoras, mesmo ainda contando com recursos do Estado. Ao contrário das tarifas que têm aumentos regulares.