Messias Pontes – O pré-sal é nosso!

A Petrobras continua descobrindo mais petróleo e gás natural na chamada camada pré-sal. O potencial já beira os 80 bilhões de barris, se constituindo numa das maiores reservas petrolíferas do mundo. Para a felicidade dos brasileiros, o presidente Luiz Iná

Porém os vende-pátria neoliberais já anunciaram que não irão permitir, pois o entendem que o dinheiro arrecadado com a venda do petróleo e do gás natural deve ser dividido entre os acionistas da Petrobras, a maioria estrangeira. É o mesmo e velho instinto do escorpião. Não muda nunca e está sempre preparado para ferroar e matar.


 


As elites brasileiras, das mais atrasadas do mundo, nunca deixaram e nem deixarão de menosprezar as grandes massas do povo. Não abrem mão de um milímetro sequer dos seus seculares privilégios. Como dizia o filósofo Vicente Pontes, meu querido e saudoso pai, “o saco do rico nunca enche”. Essa gente é como areia de cemitério que quer comer tudo sozinho.


 


O Brasil já foi o maior produtor e exportador mundial de açúcar, de café e de borracha. O que a massa do povo ganhou com isso? Nem uma pequena migalha. Os ricos ficaram mais ricos e os pobres empobreceram mais ainda. Essa é uma lógica perversa que precisa ser invertida. É o mesmo que acontece com os bancos: lucros fabulosos às custas da exploração dos clientes, e, pior, com a conivência do governo que veio para dar um basta nesses abusos.


 


Na década de 1970, o Brasil foi o segundo maior fabricante mundial de navios de grande porte. Porém os neoliberais tucano-pefelistas sucatearam a indústria naval, o mesmo que fizeram com a saúde e a educação. As plataformas da Petrobras, para exploração em águas profundas, eram todas fabricadas fora do País, gerando emprego e renda lá fora. Por determinação do presidente Lula, a indústria naval brasileira está sendo soerguida, e nenhuma plataforma aqui construída pode ter menos de 60% de componentes nacionais.


 


A Transpetro, subsidiária da Petrobras que atua nas áreas de logística e transporte, e é presidida pelo cearense Sérgio Machado, já anunciou que vai investir no curto prazo US$ 2,5 bilhões na primeira fase do Promef (Programa de Modernização e Expansão da Frota), construindo 26 navios.


 


Na última quinta-feira 4 foi assinado um contrato com o estaleiro fluminense Eisa para a construção  de quatro petroleiros Panamax, totalizando oito navios com construção garantida no Rio de Janeiro. Os outros quatro foram assegurados diretamente com o estaleiro Mauá, instalado em Niterói. O Promef está permitindo o crescimento da indústria da construção naval no solo pátrio depois de duas décadas de definhamento progressivo. Editais para a construção de mais 23 navios de grande porte já foram enviados para os estaleiros. Estes correspondem à segunda fase do programa.


 


Está na hora dos democratas e patriotas brasileiros, notadamente a juventude, voltarem a ocupar as ruas deste País para defender os recursos nacionais e dizer bem alto, a exemplo da memorável campanha do início dos anos 1950, que o pré-sal é nosso! Os “cara pintada” estão sendo chamados a liderar essa patriótica campanha, pois, do contrário, a canalha entreguista neo-udenista vai tirar da educação e dos miseráveis brasileiros os recursos que seriam destinados a eles.


 


Mas é bom que se diga que a campanha do pré-sal é nosso está intrinsecamente ligada à campanha pela revogação de toda a política entreguista tucano-pefelista implantada nos oito anos de desgoverno do Coisa Ruim para o setor.


 


Uma nova empresa estatal deve ser criada urgentemente para gerir especificamente as riquezas do pré-sal.


 


Messias Pontes é Jornalista e colaborador do Vermelho/CE