Messias Pontes – Pacote de maldades de Byron Queiroz pode ir pro lixo

Os funcionários do Banco do Nordeste do Brasil demitidos injustamente ou forçados a aderir ao famigerado Programa de Demissão Voluntária (PDV) pelo ex-presidente da instituição, Byron Queiroz, já têm motivos para comemorar. É que o projeto de lei Nº 343/0

A matéria, que já havia sido aprovada por unanimidade na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara Federal, garante a reintegração dos trabalhadores do BNB demitidos entre 1995 a 2003, o período mais nebuloso de toda a história do terceiro maior banco público do País. Agora vai à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania em caráter terminativo e, sendo aprovada, seguirá para o Senado Federal.


 


Foram centenas de demissões e transferências arbitrárias, assédio moral e retirada de direitos, afora dezenas de funcionários que sofreram infarto, com alguns óbitos, e suicídios e tentativas de suicídio. A maldade e crueldade do tucano Byron Queiroz, apadrinhado do então governador e atual senador Tasso Jereissati, também tucano, não tem registro em nenhum outro período nesses 56 anos da instituição sediada em Fortaleza, há seis anos presidido pelo economista e professor da UFC Roberto Smith, homem de grande capacidade técnica e de profunda formação humanista, e que goza da amizade e admiração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


 


Após a aprovação do parecer do deputado André Vargas, Chico Lopes observou que “é um passo importante na luta pela aprovação desse projeto que faz justiça com centenas de funcionários que dedicaram suas vidas ao BNB e sofreram com a política de demissões que, por muito tempo, tomou conta do Banco”.


 


Enfatiza ainda o deputado comunista que, “de acordo com o projeto , o período compreendido entre a rescisão contratual e o efetivo retorno desses trabalhadores ao serviço será contado para efeito de aposentadoria e progressão salarial. Caberá ao Banco o recolhimento das contribuições previdenciárias do período indicado”.


 


Além do autoritarismo, perseguições políticas, transferências arbitrárias – inclusive separando dezenas de casais -, assédio moral e retirada de direitos, Byron Queiroz transformou o BNB num grande negócio para favorecer um pequeno grupo de empresários amigos, ocasionando um rombo de nada menos de R$ 7,5 bilhões.


 


Os desmandos administrativos e financeiros no BNB foram detectados pelos auditores do Tribunal de Contas da União e do Banco Central, este presidido por Pedro Malan que, mesmo sabendo das falcatruas, veio passar um fim de semana na casa de Byron Queiroz, na praia da Caponga, litoral leste cearense.


 


Denunciado pelo Ministério Público Federal por vários crimes, entre eles formação de quadrilha, gestões fraudulenta e temerária, além de falsificação de vários balanços, o carrasco e cinco diretores do BNB do período tucano foram impedidos de vender qualquer patrimônio pessoal, de utilizar as próprias contas correntes e proibidos até de deixar o País. Byron não é mais réu primário, pois foi condenado por ter caluniado e difamado um auditor do Tribunal de Contas.


 


Se fôssemos listar as irregularidades praticadas pelo Sr. Byron Queiroz no BNB, este espaço seria pequeno. Mas pelo que fez, foi condenado a 13 anos de prisão, além de ser obrigado a pagar 600 dias-multa, cada um no valor de 10 salários mínimos. Mas continua solto, já que prisão no Brasil foi feita para os três Ps: preto, pobre e prostituta.


 


Com grande mobilização, a caixa de maldades de Byron Queiroz pode ir pra lata do lixo.


 


Messias Pontes é Jornalista e colaborador do Vermelho/CE