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Evo sugere prazo para EUA acabarem com o bloqueio a Cuba

O presidente da Bolívia, Evo Morales, propôs nesta quarta-feira (17) aos líderes da América Latina e do Caribe dar um prazo aos Estados Unidos para que o bloqueio econômico a Cuba seja extinto.

Em sua fala, Evo atacou o bloqueio vigente há quase cinco décadas e disse que a solidariedade da América Latina com Havana, a fim de suspendê-lo, deve se concretizar. “Somente três países da ONU, (incluindo) os Estados Unidos e uma ilha, não se somaram à decisão dos governos do mundo de suspender o bloqueio”, acrescentou, referindo-se a resoluções sucessivas da Organização das Nações Unidas contra a política norte-americana.



Evo defendeu, durante a segunda sessão da Cúpula da América Latina e do Caribe, que os países da região devem adotar ações para a tomada de uma resolução sobre o caso, a ser apresentada ao presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, que toma posse no dia 20 de janeiro. “Seria importante que os presidentes – e sei que muitos não vão gostar – dessem um prazo ao novo governo dos Estados Unidos para que suspenda o bloqueio “.



Proposta drástica



Evo chegou a propor que os países latino-americanos tomem atitudes mais drásticas caso Obama não aja no sentido de acabar com o bloqueio, como a retirada dos embaixadores de toda a região de Washington. “Precisamos de ma medida radical para que essa solidariedade (com Cuba) se expresse de verdade”, disse.



“Que todos os países da América, ou pelo menos o Grupo do Rio, solidários com Cuba, retirem os embaixadores até que o governo dos Estados Unidos suspenda esse bloqueio econômico”, insistiu Evo.



O presidente boliviano também criticou a Organização dos Estados Americanos (OEA) pela expulsão de Cuba, em 1962, e perguntou como é possível que “o país mais solidário” seja expulso de um organismo internacional.



O presidente leu partes da resolução que expulsou Cuba dessa organização, na qual há referência ao governo marxista-leninista de Havana, e disse que, se fosse seguido este critério, “certamente Venezuela e Bolívia estariam expulsos da OEA neste momento”.



“Este tipo de resolução deve ser levada ao tacho, à lixeira, ao banheiro, porque ofende um país”, acrescentou Evo, que, no entanto, disse ter “muito respeito” pelo secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, a quem definiu como “companheiro, irmão”.



Da redação, com agências