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UNE e UBES repudiam corte nas verbas para Educação

Em nota, a UNE e a UBES “manifestam indignação e contrariedade contra qualquer tipo de medida do orçamento que represente corte nas verbas da Educação”. Para as entidades, “a Educação, elemento estratégico e fundamental para qualquer governo comprometi

O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira (18), o Orçamento Geral da União para 2009, com cortes que chegaram a R$10,3 bilhões e atingiram, principalmente, o custeio (despesas correntes com a máquina pública), além de pessoal e despesas com juros. Entre as pastas que sofreram reduções nas verbas estão Educação, que terá R$1,1 bilhão a menos em 2009 e Ciência e Tecnologia, que teve diminuição de R$1 bilhão no orçamento.
 
 
O orçamento prevê para o próximo ano gastos da ordem de R$1,6 trilhão, ou R$6,5 bilhões a menos que a proposta original, enviada pelo Governo em agosto deste ano. O reajuste ocorreu devido à reestimativa das receitas do Governo em face da crise financeira mundial. Mesmo com os cortes, o orçamento aumentou em R$9,3 bilhões os investimentos previstos para o próximo ano.
 


Nota na íntegra



A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) mantêm seu compromisso com os estudantes brasileiros e vêm a público manifestar indignação e contrariedade contra qualquer tipo de medida do orçamento da União que represente corte nas verbas da Educação.



A Educação, elemento estratégico e fundamental para qualquer governo comprometido com um projeto de Nação, não pode ter os seus recursos submetidos a restrições, cortes ou contingenciamentos, especialmente diante de uma crise na economia internacional.
 


A resposta à crise que o povo espera é a consolidação definitiva de um projeto de desenvolvimento nacional, pautado na soberania, valorização do trabalho e distribuição de renda. Entendemos que não só a Educação cumpre um papel estratégico nessa linha política como repara uma dívida social histórica da nação brasileira com o seu povo.
 


O Brasil precisa que os jovens ocupem todas as salas de aula do País. A juventude exige o aumento das vagas, qualidade do ensino, democracia na gestão das IES, avaliação qualificada do ensino superior e interiorização das universidades. Para isso é necessário que tenhamos verbas compatíveis com a demanda.
 


Por fim, lutamos por 7% do PIB para a Educação, pelo fim da DRU, que retira cerca de R$ 6 bilhões da Educação anualmente, e por uma reforma tributária que privilegie os trabalhadores.
 


União Nacional dos Estudantes (UNE)
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES)